Semana-49 de 29/11/2010 a 05/12/2010

06-12-2010 13:42

Obs. A semana vai de segunda a domingo.

Bem hoje como é o nosso primeiro artigo, vamos reunir Dois fatos que aconteceu nessa semana, os fatos estão em ordem:

Goiás ganha o primeiro jogo da final da Sul-Americana e está com a mão na taça.

O Goiás largou com bom resultado na decisão do título da Copa Sul-Americana após a vitória por 2 a 0 sobre o argentino Independiente no primeiro duelo da final, disputado nesta quarta-feira, dia 1º, no Serra Dourada. Os gols da equipe brasileira foram marcados no primeiro tempo. Aos 14 minutos, Rafael Moura abriu o placar para o alviverde e Otacílio Neto, aos 20, selou o placar em Goiânia.

Por conta da vitória, o Goiás pode até perder por um gol de diferença que levará o título inédito, já que o que vale na final é o saldo de gols. As equipes voltam a campo na próxima quarta-feira, em Avellaneda, na Argentina.

Autor do gol que inaugurou o placar, Rafael Moura acredita que o Goiás poderia até ter ampliado o placar:

“Foi um bom resultado, mas com todo o respeito ao Independiente, ficou um gostinho de quero mais”, disse o camisa 9, que acredita em um duelo extremamente acirrado na próxima quarta-feira.

“Sabemos que os argentinos têm essa catimba, essa experiência, parecem que estão mortos, mas podem fazer um gol pra decidir”, completou o He-Man.

Confusão nas arquibancadas

Antes de a bola rolar, o que chamou a atenção foi a confusão nas arquibancadas do Serra Dourada. Com um público de mais de 35 mil torcedores, sendo dois mil do Independiente, houve atrito entre os torcedores da equipe argentina com a polícia. Os militares precisaram diminuir o espaço dos visitantes para acomodar os esmeraldinos, e o tumulto acabou contido.

O jogo

Determinado a abrir logo o placar, o Goiás chegou ao gol aos 14 minutos. Carlos Alberto ganhou a dividida com o zagueiro e a bola sobrou, na sorte, para Rafael Moura. O He-Man dominou na pequena área e, com frieza, mandou para o fundo das redes. Não demorou muito e saiu o segundo gol dos anfitriões. Aos 20 minutos, Marcelo Costa tocou para Douglas, que passou para Otacílio Neto empurrar: 2 a 0.

Mesmo com a boa vantagem no placar, o Goiás seguiu em busca de mais gols, com boas investidas de Marcelo Costa, com Rafael Moura e Otacílio Neto incomodando os marcadores na área. Do outro lado, os argentinos foram para cima, mas as tentativas acabaram barradas com boas defesas de Harlei.

Na etapa final, o técnico do Independiente, Antonio Mohamed, também chamado de El Turco, colocou o meia Rodriguez no lugar do volante Goidoi, para tentar distribuir melhor o jogo no ataque. Porém, o cenário complicou para o Independiente ainda na primeira parte da etapa complementar. Aos 12 minutos, Silvera deu uma cotovelada em Rafael Toloi e acabou expulso pelo Carlos Torres. Com isso, o Independiente perdeu o artilheiro da equipe, com três gols, para o jogo decisivo na próxima quarta-feira.

Demonstrando cansaço em campo, o Goiás deu espaço para os argentinos, que mesmo com um a menos, conseguiram colocar pressão nos brasileiros. Até o goleiro Harlei pediu para a equipe ir para frente em busca do terceiro gol, em vez de trocar passes para administrar o resultado.

Antes do apito final, o Goiás ameaçou a meta dos Hermanos com um chute forte de Toloi, defendido por Navarro. Atendendo aos pedidos da torcida, o técnico Artur Neto pôs Felipe em campo nos momentos finais, mas ele não teve tempo para fazer muita coisa, a não ser cobrar uma falta. Contudo, o placar de 2 a 0 já era suficiente para alegrar a torcida no Serra Dourada e deixar o time goiano mais perto do título da Sul-Americana, que garante vaga à Libertadores no ano que vem.

Vja os gols:

Fluminense é o Campeão Brasileiro de 2010

Vinte e seis anos depois, Flu volta a ser campeão brasileiro

Emerson, o Sheik, marca o gol do título aos 16 minutos do segundo tempo, e Tricolor derrota o Guarani por 1 a 0 num Engenhão verde, grená e branco

 Vinte e seis anos, seis meses e oito dias. Esse foi o tempo em que o grito eufórico e emocionado do título brasileiro ficou engasgado na garganta de cada um dos milhões de tricolores espalhados por todo o Brasil. Mas neste domingo, 5 de dezembro de 2010, Conca, Mariano, Fred, Washington  & Cia., comandados por Muricy Ramalho e sob a estrela do mais novo herói, Emerson, o Sheik, autor do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Guarani, decretaram, num Engenhão espremido por mais de 40 mil torcedores, que as cores da moda no futebol brasileiro são o verde, o grená e branco.

A festa do pó de arroz está de volta. A torcida grita, com toda força, que o Fluminense é tricampeão brasileiro - reivindica o Robertão (ou Taça da Prata) conquistado em 1970. Para a CBF, é bicampeão. Mais importante, no entanto, é que ficou com a taça quem mais a mereceu.

A história do "time de guerreiros", como chama sempre a torcida em coro, é digno de uma crônica do saudoso jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, um dos mais tradicionais tricolores. Um ano depois da arrancada espetacular que livrou o clube do rebaixamento, a equipe de Muricy ficou 23 rodadas na liderança. Ninguém esteve mais na frente no Brasileirão 2010. Junto com o Cruzeiro - que bateu o Palmeiras  por 2 a 1 -, foi a equipe com mais vitórias (19). A última, neste domingo, começou com passe de cabeça de Washington - que entrou no segundo tempo e está há 15 partidas sem marcar - para o Sheik Emerson tocar de canhota por baixo das pernas do goleiro xará, aos 16 minutos, entrar para a história do clube e fazer o hino de Lamartine Babo tocar sem parar.

Melhor ainda do que tudo isso, o Fluminense mostrou, aliado ao conjunto, o melhor jogador da competição. O baixinho argentino Conca escreve seu nome na história tricolor ao lado de ídolos como o paraguaio Romerito - autor do gol do último Brasileiro conquistado pelo clube -, além de Rivelino, Assis, Branco, Valdo, Tim e tantas outras feras.

Camisa 11 com pinta de 10 comandou a equipe com o toque de classe dos grandes craques, além da onipresença incomparável - sim, ele atuou em todas as 38 partidas. Fora de campo, os méritos vão todos para o competente técnico Muricy Ramalho. Tricampeão brasileiro pelo São Paulo, ele conquista agora o tetra pelo Fluminense e se aproxima do maior vencedor da competição, Vanderlei Luxemburgo, hoje no Flamengo.

O roteiro da partida era óbvio: o Guarani retrancado, tentando surpreender no contra-ataque, e o Fluminense na frente, para definir logo a partida e o título. Só que a tensão das duas equipes e o péssimo gramado do Engenhão deixavam a bola mais "viva" do que nunca. O zero a zero do primeiro tempo foi a mais perfeita tradução do pouco futebol apresentado pelas duas equipes.

Logo no início, dois lances mostraram que a tensão estava ali para atrapalhar o Tricolor nas finalizações. Logo aos cinco minutos, Júlio César, no lugar de Deco, rolou para Emerson livre no meio da área, mas a bola escapou do atacante. Pouco depois, em falta cobrada pela direita, Conca mandou de canhota, à La Gérson, na medida para Gum. O zagueiro matou no peito para bater, mas, lento, acabou travado na hora do chute.

Passes errados, pouca velocidade para passar do meio de campo para o ataque... Fred bem que se deslocava, mas a bola não chegava. O time tricolor parecia travado. Muricy bem que gritava, da beira do campo. A primeira vibração da torcida, curiosamente, foi com o gol marcado pelo Goiás no Serra Dourada. O 1 a 0 sobre o Corinthians assegurava o título para o Flu sem precisar vencer o Guarani. Mas o Timão empatou...

A tensão não era só do Flu. Após uma cabeçada torta de Fred, a defesa do Bugre discutiu. Ailson deu bronca em Maycon, que respondeu com uma cabeçada no companheiro de time. O árbitro Carlos Eugenio Simon, que fazia sua despedida dos gramados, deu cartão amarelo para os dois jogadores.

Com Diguinho e Valencia lentos na saída de jogo, Carlinhos preso pela esquerda e Júlio César apagado, a melhor opção eram as jogadas aéreas pela direita. Foi por ali que saiu a primeira jogada que fez o goleiro Emerson, do Guarani, trabalhar bem. Fred cabeceou firme, mas o arqueiro fez a defesa, sem rebote. Em outra jogada de Mariano, o melhor do time na primeira etapa, Emerson tocou de cabeça para Fred disparar, mas o atacante foi travado por uma zaga que, se até ali evitava o gol do adversário, mostrava-se confusa na saída de bola e na colocação em campo. Bicos para o alto e pela lateral eram a saída...

Ao Guarani, restava puxar os contra-ataques pela direita, com um veloz Apodi. Numa delas, Valencia apareceu na hora para isolar para escanteio. Mas a chance que fez cada tricolor no Engenhão roer as unhas foi aos 39. Em cobrança de escanteio de Márcio Careca, a bola sobrou limpa para Reinaldo, que ao matá-la a deixou escapar.

Gol do título

O último lance tricolor, aos 45, quando Conca, àquela altura mais efetivo nas jogadas para servir o ataque, tocou para Emerson bater fraco, mostrou que no vestiário seria necessária uma injeção de Muricy para tirar o time da inércia. Mas logo no início da segunda etapa, Carlinhos deu um tapa em Paulinho, já caído, e só não foi expulso porque Carlos Eugenio Simon não viu.

Quieta na maior parte da primeira etapa, a torcida tricolor percebeu que precisava empurrar o time. Os gritos aumentaram principalmente após o gol do Palmeiras sobre o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Outro resultado ótimo. E após o jogo paralisado aos 10 minutos com as câimbras de Júlio César, Muricy chamou Washington, há 14 partidas sem marcar, para aquecer.

A torcida vibrou com a entrada do atacante no lugar de Júlio César. Parecia um script de Nelson Rodrigues.  Na primeira boa ida de Carlinhos à linha de fundo aos 16, o centro foi para o Coração Valente. Ele tocou de cabeça para a área, a bola resvalou em Guilherme e caiu á feição de Emerson. O Sheik tocou de canhota por baixo das pernas de Ailson e do goleiro xará: 1 a 0 para o Fluminense, loucura no Engenhão.

Muricy trocou Fred por Fernando Bob. Depois, Emerson, ovacionado, por Rodriguinho. Mancini desarmou o 3-6-1 do Bugre, trocando o lateral Guilherme por Pablo. Tentou dar mais agressividade ao tirar Márcio Careca e botar Geovane. E tentou melhorar o ataque com Douglas no lugar de Reinaldo. Mas quem chegou mais perto do gol foi o Flu. Washington quase pôs fim ao jejum, mas bateu fraco, para defesa de Emerson.

O gol da virada do Cruzeiro no fim devolveu a tensão - menos mal que o Corinthians ficou mesmo no empate com o Goiás. Àquela altura, o Flu era obrigado a sair do Engenhão com a vitória. Fred e Emerson, desesperados no banco, pediam o apito final. A torcida gritava eufórica. Após o apito final de Simon, a festa tricolor começou, sem data para terminar.

Fluminense 1 x 0 guarani

Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Diguinho, Valencia, Julio Cesar (Washington) e Conca; Emerson (Rodriguinho) e Fred (Fernando Bob).
 

Emerson, Guilherme (Pablo), Aislan, Ailson e Fabiano; Ronaldo, Maycon, Apodi, Paulinho e Márcio Careca (Geovane); Reinaldo (Douglas).

Técnico: Muricy Ramalho

Técnico: Vágner Mancini

Gols: no segundo tempo, Emerson, aos 16 minutos.

Cartões amarelos: Mariano, Emerson e Gum (Flu); Paulinho, Ailson, Maycon e Fabiano (Guarani)

Local: Engenhão, no Rio de Janeiro. Árbitro: Carlos Eugênio Simon, auxiliado por Altemir Hausman (Fifa/RS) e Roberto Braatz (Fifa/PR). Público: 40.905

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