Rafael brilha nos pênaltis de novo, Santos elimina Mogi e vai à final

04-05-2013 20:53

Após empate por 1 a 1 no tempo normal, goleiro santista pega duas penalidades. Emocionado com mais uma final, Neymar chora

 

O Santos não foi brilhante. Longe disso. Jogou mal, demonstrou várias deficiências, mas se superou. Arrancou o empate por 1 a 1 no tempo normal e, nos pênaltis, contou mais mais uma vez com o goleiro Rafael. Herói nas quartas de final contra o Palmeiras, ele novamente brilhou e garantiu a classificação alvinegra, defendendo duas cobranças. O Peixe aguarda o vencedor do clássico entre São Paulo e Corinthians, neste domingo, para saber quem será o adversário da final na luta pelo tetra inédito.

Roni, para o Mogi, e Edu Dracena, para o Santos, marcaram os gols no tempo normal. Nas penalidades, Cícero, André, Neymar, Léo e Edu Dracena marcaram para o Peixe (Miralles e Renê Júnior perderam). Pelo Mogi, Tiago Alves, Roger Gaúcho, Wagninho e Val converteram, mas Carlos Alberto, Juninho e Roni erraram.

Emocionado com mais uma final de Paulista (desde que subiu para o profissional, em 2009, ele nunca deixou de disputar uma decisão estadual), Neymar chorou no gramado.

Agora, o Mogi Mirim deve passar por uma reformulação. O time do interior só tem a Série C do Campeonato Brasileiro pela frente. Enquanto isso, o Santos foca suas atenções na segunda fase da Copa do Brasil, em que enfrentará o Joinville-SC, às 22h, na próxima quarta-feira, na Arena Joinville.

Edu Dracena gol Santos Mogi Mirim (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Edu Dracena festeja o gol de empate do Peixe contra o Mogi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mogi na frente

A expectativa de jogo aberto e lances de efeito dos dois lados ficou longe de ser confirmada no primeiro tempo. Ainda assim, o Mogi Mirim converteu sua única oportunidade, mostrando por que tem o melhor ataque do estadual. Antes do gol do Sapão, perto do fim da etapa inicial, um jogo absolutamente equilibrado, mas nivelado por baixo.

Se o Santos não tinha lateral-direito de ofício e teve de improvisar o meia Felipe Anderson no setor, o Mogi conviveu com problema parecido. Mas no lado esquerdo. Logo aos seis minutos, João Paulo se machucou e foi substituído pelo volante Juninho.

Nada aconteceu nesse setor do campo. O jogo se concentrou do outro lado, com Neymar combinando jogadas com Cícero e Montillo e o Mogi aproveitando a lentidão do veterano Léo, que não tem mais velocidade para acompanhar os rápidos Roni e Caramelo.

No Peixe, um zagueiro criou a principal chance da etapa inicial. Edu Dracena, logo aos três, aproveitou cruzamento de Miralles e cabeceou no contrapé de Daniel, que fez boa defesa. Miralles e Montillo, aliás, ficaram no quase em duas oportunidades, mas demoraram a definir os respectivos lances.

Empurrado por sua torcida, o Mogi Mirim rondava a área, conseguia faltas perigosas, mas não tinha efetividade nas finalizações. Faltava calibrar a mira. E isso aconteceu já no fim do primeiro tempo, aos 44 minutos. Pela direita do ataque, como sempre, atrás de Léo. Val cruzou na medida e Roni se aproveitou de bobeira da zaga santista para completar para a rede. Explosão de alegria no lotado estádio Romildo Gomes Ferreira.

Muito vaiado e xingado pelos torcedores do Sapão, Neymar só assustou no fim da etapa inicial, em falta pela lateral esquerda defendida por Daniel. A sensação caipira foi para o vestiário na frente.

Neymar comemoração jogo Santos Mogi Mirim  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Neymar faz festa após a classificação (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rafael garante Peixe na final

No intervalo da semifinal, a torcida do Santos entrou em conflito com a Polícia Militar. Depois de dez minutos, os ânimos foram controlados, mas duas pessoas deixaram o estádio em uma ambulância.

Quando a bola rolou, a deficiência santista na marcação pelo lado esquerdo da defesa continuou, e o Mogi cresceu de produção. Bem armada taticamente, a equipe de Dado Cavalcanti tinha a organização que faltava ao Alvinegro.

Em noite inspirada, o lateral-direito Caramelo quase achou novamente o caminho do gol pelo lado de Léo. Roger Gaúcho, ex-Peixe, só não ampliou, pois foi travado na hora H por Edu Dracena.

Na sequência, Montillo sentiu lesão na coxa esquerda ao dar uma arrancada e foi substituído por André. Assim, Neymar recuou para ajudar na armação, enquanto o centroavante formou dupla com Miralles na frente. Uma mudança de posicionamento que não surtiu efeito. O Mogi seguia na pressão, comandando as ações, encurralando o Peixe e quase marcando com Henrique, que parou em Rafael.

A intensidade e o volume do Sapão contrastavam com a desorganização santista. Mal posicionado, sem pegada, errando muitos passes, o Peixe dava a impressão que não disputava uma decisão. E como o futebol não é exato, foi bem nesse momento que o time da Vila Belmiro empatou.

Em falta cobrada por Neymar na intermediária, Cícero desviou e Daniel salvou. No rebote, Miralles cruzou na medida e Edu Dracena fez de cabeça, aos 31 minutos. Foi a primeira bola na rede do zagueiro, decisivo em mata-mata, neste ano.

O gol incendiou a torcida santista e silenciou os fãs do Sapão nos 15 minutos finais. O Mogi diminuiu o ritmo dos minutos finais. Cansou depois de tanta intensidade. Como o Peixe seguia sem a menor coordenação, a decisão acabou indo para os pênaltis.

Na decisão, Rafael defendeu duas penalidades, batidas por Roni e Carlos Alberto, e garantiu o Peixe em mais uma final de Paulistão.

Fonte: Globo Esporte

 

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