Quarta de Cinzas Na Libertadores para os Brasileiros!

07-05-2011 14:45

 Já que o Corinthians já tinha decepcionaldo o brasil saindo de forma precoce na libertadores, parecia que nada poderia acontecer para piorar, mas essa quarta passada veio para desmentir isso, pois os times: Fluminense, Grêmio, Internacional e Cruzeiro saiu da libertadores tudo do mesmo dia e na mesma fase.

Agora só o Santos está na Libertadores defendendo o Brasil.

Para você relembrar, Vamos colocar o resumo e os gols dos 4 jogos de quarta.

LIBERTAD 3 X 0 FLUMINENSE

Fluminense esquece de jogar, e o Libertad avança às quartas de final

Tricolor abdica do ataque, é derrotado por 3 a 0 e está fora da Libertadores

A alcunha de time de guerreiros é justa, mas, pelo menos na noite desta quarta-feira, fez mal ao Fluminense. O Tricolor, que entrou em campo com a vantagem de ter vencido no Rio de Janeiro por 3 a 1, achou que marcar e jogar com raça garantiria a sua vaga nas quartas de final da Libertadores. Enganou-se. Abdicou do ataque, não fez questão de ter posse de bola e entregou de bandeja a partida para o Libertad. Resultado: derrota por 3 a 0 no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, e adeus ao sonho do título inédito. Uma eliminação dolorosa para a equipe e, claro, para os cerca de 200 tricolores que foram à capital paraguaia para torcer em mais uma batalha. Entre os torcedores, o ex-jogador e grande ídolo Romerito, compatriota dos donos da casa.

O Libertad aguarda agora o vencedor do confronto entre LDU e Vélez Sarsfield, que se enfrentam nesta quinta, às 22h45m (de Brasília), em Quito. No primeiro duelo, vitória dos argentinos por 3 a 0. O primeiro jogo das quartas será na próxima semana, ainda sem data e horário definidos.

Flu espera, e Libertad vai na marra

Mais por obrigação do que por competência, o Libertad foi para cima do Fluminense e pressionou desde o primeiro minuto. Mas só assustava mesmo com sua principal arma: as bolas aéreas. O Tricolor preferiu se fechar em seu campo e só partir para o ataque na boa.

Aos 15 minutos, "duas" alterações no Flu: Diogo entrou na vaga de Valencia, que sentiu um problema muscular, e Fred foi obrigado a vestir uma touca de natação, pois levou uma cotovelada no supercílio direito, região difícil de se manter um curativo.

Aos 19, a primeira chance de gol: após cruzamento da direita, Samudio cabeceou forte para boa defesa de Ricardo Berna. Aumentava a pressão dos donos da casa. Dois minutos depois, Gamarra arriscou de longe, para outra intervenção difícil do goleiro tricolor.

Fred Fluminense x Libertad (Foto: Photocamera)Fred discute com um adversário durante o primeiro tempo (Foto: Photocamera)

Pelo que jogava até então, o Fluminense mostrava que estava em busca de mais uma classificação emocionante, sofrida. Não só não ameaçava os paraguaios, como se atrapalhava na defesa. Aos 26, Diguinho atrasou bola para Berna, que tentou isolar e acertou o pé direito de Gamarra. A bola bateu na trave antes de sair.

Aos poucos, o ímpeto paraguaio foi arrefecendo, deixando o Tricolor menos pressionado e com um pouco mais de posse de bola. Aos 42, Conca cobrou falta da esquerda, e Diogo, de cabeça, acertou a bola no travessão. Fim de papo na primeira etapa, mais 45 minutos para a classificação tricolor.

O sofrimento de sempre

No segundo tempo, pouco antes dos dez minutos, duas chances de gol para o Libertad: aos nove, Gamarra entrou livre e chutou para boa defesa de Berna. Em seguida, Bonet cruzou da direita, a bola passou pela defesa, e Pavolovich, completamente livre na pequena área, não conseguiu completar para o gol vazio.

Mas aos 12, não teve jeito. Rojas chutou de longe, Berna foi sem convicção na bola e a deixou passar à sua direita: falha do goleiro tricolor, e o Libertad abria o placar. O jogo, obviamente, ficou mais duro, com os dois times aparentando nervosismo, ansiedade. O Fluminense tentou e assim conseguia viver mais um drama.

Aos 27, Marquinho puxou um contra-ataque, tocou para Fred no lado esquerdo da grande área. O atacante, no entanto, tocou mal, longe do gol de Vargas. Pouco depois, Enderson Moreira tirou Rafael Moura, que não fez um bom jogo, e colocou Araújo.

Comemoração Libertad x Fluminense (Foto: photocamera)Jogadores do Libertad comemoram mais um gol no Defensores del Chaco (Foto: photocamera)

O jogo se encaminhava para o fim, e os nervos tricolores trincavam de preocupação. E dá-lhe pressão paraguaia. E aos 40, Samudio, numa bomba de canhota de fora da área, mandou a bola à esquerda de Berna, que dessa vez não teve culpa alguma: 2 a 0, e a vaga começava a ficar em Assunção.

Restava ao Tricolor mostrar de novo seu espírito guerreiro e tentar o gol que daria mais uma heroica classificação. Mas ele não veio. O que saiu foi o terceiro do Libertad. Após jogada da direita, Nuñez se antecipou à zaga e tocou para o fundo das redes. Antes do apito final, Mariano ainda foi expulso por falta violenta no próprio Nuñez no meio de campo.
 

LIBERTAD 3 X 0 FLUMINENSE
Vargas, Bonet, Portocarrero, Canuto e Miguel Samudio; Ayala (Rojas), Cáceres, Aquino e Gamarra (Nuñez);  Maciel (Orué) e Pavlovich Ricardo Berna, Mariano, Gum, Edinho e Julio Cesar; Valencia (Diogo), Diguinho (Rodriguinho), Marquinho e Conca; Fred e Rafael Moura (Araújo).
Técnico: Gregório Perez Técnico: Enderson Moreira
Estádio: Defensores del Chaco. Data: 04/05/2011. Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai). Auxiliares: Mauricio Espinoza e Marcelo Costa (Uruguai)
Gol: Rojas, aos 12, Samudio, aos 40, Nuñez, aos 45 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Pavlovich, Ayala, Samudio (LIB); Marquinho, Ricardo Berna, Diguinho, Conca (FLU). Cartão vermelho: Mariano (FLU)

 

Veja os gols do Jogo:


UNIVERSIDAD CATÓLICA 1 X 0 GRÊMIO

Imortalidade tem limite: derrota no Chile elimina Grêmio da Libertadores

Sem sete titulares, Tricolor gaúcho luta, mas perde por 1 a 0 para a Universidad Católica em Santiago, e sonho do tri é adiado

Os gremistas se apegavam à famosa imortalidade tricolor, mas nem ela foi capaz de ignorar tantos problemas. No estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, no Chile, mais uma vez o sonho do tricampeonato continental teve de ser adiado, e o Grêmio deu um precoce adeus à Libertadores de 2011. A derrota por 1 a 0 expôs a limitação de um time que passou por todos os tipos de contratempos nos últimos dias: lesões em série, dispensa de Carlos Alberto, expulsão de Borges e derrota, nos pênaltis, no Gre-Nal de domingo.

Como consolação, se isso é possível neste momento, pelo menos um grande motivo para sorrir. Momentos antes do apito inicial de Carlos Amarilla, o arquirrival Internacional foi surpreendido pelo Peñarol no Beira-Rio e também deu adeus à Libertadores. Se não avançaram às quartas de final, os gremistas, pelo menos, não sofrerão com as provocações adversárias, haja vista que o Rio Grande do Sul não terá muita vontade de falar sobre futebol nesta quinta-feira.

Na tática e no grito

Antes do jogo, Renato Gaúcho preparou os jogadores para uma verdadeira batalha em Santiago. Foram 30 minutos de conversa e incentivos, que acirraram os ânimos dos gremistas. E se não entraram voando em campo, os tricolores se mostraram capazes de evitar uma esperada pressão inicial dos chilenos, que jogavam diante do San Carlos de Apoquindo abarrotado de gente. Reconhecida pela exigência excessiva, muitas vezes vaiando o time nos empates em casa - foi assim no 0 a 0 com o Vélez Sarsfield na primeira fase - nesta noite a torcida conhecida como 'Cruzados' compreendeu a necessidade de apoiar.

Lucas Pratto Rafel Pinto Universidad Católica x Grêmio (Foto: Reuters)Lucas Pratto disputa bola Rafel Rafael Marques (Foto: Reuters)

Com Lins no lugar de Leando – modificação de última hora de Renato Gaúcho -, os gremistas vestiram as armaduras e não se intimidaram com a torcida chilena e suas ininterruptas cantorias. O time brasileiro controlou a posse de bola, trocando passes no campo de ataque. Douglas, o maior foco de talento do Grêmio em campo, foi o responsável pelos lances de perigo na etapa inicial. Aos sete, cobrou uma falta por cima do gol. Três minutos depois, cruzou com efeito da direita e quase surpreendeu o goleiro Garcés. Aos 36, bateu por cima de fora da área, no lance mais perigoso do Tricolor no primeiro tempo. Nada que tirasse os chilenos do sério. Porém, o camisa 10 deixou claro que os brasileiros queriam jogo.

Mas sem os avanços de Gabriel pela direita ou atacantes insinuantes na área adversária, aos poucos o clube gaúcho foi perdendo o domínio territorial. O Universidad Católica cresceu e também teve seus momentos. Sempre com Pratto – carrasco tricolor na partida do Olímpico. Primeiro, ele arriscou de fora da área e levou perigo. Na sequência, acertou uma forte cabeçada que obrigou Marcelo Grohe a fazer uma grande defesa.

Renato ousa, mas Grêmio é eliminado

Na volta do intervalo, nada de mudanças de nomes, apenas de postura. Em relação ao primeiro tempo, o Grêmio perdeu muito espaço territorial e ainda ficou mais vunerável aos contra-ataques. Apesar de pouco finalizar, a Universidad Católica era mais equilibrada em campo. E foi neste momento do jogo, quando os chilenos pareciam donos do campo, que o Grêmio teve sua grande chance. Aos 16, Vilson deu uma de Douglas, arrancou pelo pelo meio e abriu para Fernando na direita. Livre, o volante cruzou na medida para Júnior Viçosa que, à lá Bebeto, acertou um bonito vôleio. Valenzuela, em cima da linha, conseguiu o corte de cabeça, evitando o gol tricolor.

Grêmio derrrota Universidad Católica Libertadores (Foto: AFP)Jogadores do Grêmio deixam o gramado do San Carlos de Apoquindo após eliminação (Foto: AFP)

A Universidad Católica, não constrangeu jogar defensivamente em casa. Afinal, desde 1997 o clube não chegava às quartas de final da Libertadores. Passar a esta fase novamente, quatorze anos após a eliminação para o rival Colo Colo, era considerado um feito histórico pelos jogadores. Com o objetivo de fazer o tempo passar com um pouco mais de controle da bola, Pizzi substituiu o volante Tomas Costa, lesionado, pelo meia Mirosevic - ídolo da torcida, recém recuperado de lesão. A resposta de Renato Gaúcho foi quase imediata.

Aos 19, o técnico do Grêmio trocou o zagueiro Rafael Marques, com dores musculares, pelo atacante Leandro. Vilson saiu do meio-campo para a defesa, e o Grêmio passou do 4-4-2 para o 4-3-3.

Mas as jogadas de velocidade pretendidas pelo Grêmio foram prejudicadas por uma característica do estádio, à beira da Cordilheira dos Andes, mil metros acima do centro de Santiago. Com a queda brusca da temperatura à noite, o gramado concentra umidade, e torna-se escorregadio. Não foram poucas as vezes em que jogadores do Grêmio estatelaram-se no chão, ludibriados pelo campo ensaboado. Já perto do fim, com nada mais a perder, Renato, que não tinha muitas opções no banco, trocou Lins e Mário Fernandes por Escudero e Vinícius Pacheco. Ofensivamente, as alterações não surtiram efeito, mas deixaram o time exposto a contra-ataques. E num deles, pelo setor onde Mário Fernandes se posiciona antes de deixar o jogodeveria fazer a marcação, Silva recebeu livre e cruzou na medida para Mirosevic cabecear e fechar o caixão tricolor, aos 41 minutos da etapa derradeira. 


UNIVERSIDAD CATÓLICA-CHI 1 X 0 GRÊMIO
Garcés; Valenzuela, Martínez, Henríquez e Eluchans; Ormeño, Silva, Costa (Mirosevic), Meneses e Cañete (Felipe Gutierrez) ; Pratto. Marcelo Grohe; Mário Fernandes (Vinícius Pacheco), Rafael Marques (Leandro), Rodolfo e Gilson; Vilson, Adilson, Fernando e Douglas; Lins ( Escudero) e Júnior Viçosa.
Técnico: Juan Antônio Pizzi Técnico: Renato Gaúcho
Cartões amarelos: Eluchans, Jorge Ormeño, Felipe Gutierrez (Universidad Católica); Vilson (Grêmio)
Local: San Carlos de Apoquindo, em Santiago  (Chile). Data: 04/05/2011. Árbitro: Carlos Amarilla.
Auxiliares:  Rodney Aquino e Cesar Franco
Gol: Mirosevic, aos 41 minutos do segundo tempo.

 

Veja os gols do Jogo:


INTERNACIONAL 1 X 2 PEÑAROL

Pesadelo vermelho: Inter perde em casa e está fora da Libertadores

Falcão volta a cair para um uruguaio na Libertadores, desta vez como treinador. Peñarol vence de virada, por 2 a 1

Alejandro Martinuccio comemora gol do Peñarol contra o Internacional (Foto: EFE)Martinuccio comemora o gol: festa uruguaio e drama
colorado no Beira-Rio (Foto: EFE)

É um pesadelo. Em algum momento nesta quinta-feira, cada torcedor colorado espera despertar suado, com o coração acelerado, e perceber que não é verdade que o Inter levou 2 a 1 do Peñarol em casa e deu adeus à Libertadores. Cada sujeito que veste vermelho há de acordar no meio da madrugada, assustado, e se dar conta que, imaginem, o Inter do ídolo Paulo Roberto Falcão, com o talento de D’Alessandro, com os gols de Leandro Damião, simplesmente não pode ter levado uma virada em casa na noite desta quarta-feira, simplesmente não pode ter visto a esperança do tricampeonato continental morrer em cinco minutos inexplicáveis, simplesmente não pode ter transformado uma vaga que parecia encaminhada em decepção. Bobagem. Tudo bobagem. O Inter está, sim, fora da Libertadores da América. Pesadelos também podem ser reais.

Foi inacreditável. O Inter abriu 1 a 0 na largada do jogo e ficou com a vaga na mão. Mas o Peñarol foi lá e virou, com dois gols em cinco minutos, no início do segundo tempo, diante de um adversário adormecido, perdido, pasmo. Oscar fez o gol dos brasileiros. Martinuccio e Olivera marcaram para a equipe de Montevidéu.

Paulo Roberto Falcão, em seu retorno à Libertadores, revive o drama de três décadas atrás, novamente para um uruguaio. Em 1980, perdeu a final para o Nacional; em 2011, caiu nas oitavas de final para o Peñarol.

Os carboneros aguardam a definição de seu oponente nas quartas de final. Será o Grêmio ou o Universidad Católica. Ao Inter, resta se livrar do pesadelo, chorar sua dor e encarar os dois Gre-Nais decisivos do Gauchão.

Piscou o olho, perdeu o gol de Oscar

Tinha colorado comprando cachorro-quente. Tinha colorado ao telefone. Tinha colorado entrando no estádio. Tinha até colorado estacionando o carro. E lá foi Oscar, em um piscar de olhos, colocar o Inter na frente. Tinha só um minuto o jogo no Beira-Rio quando o guri tabelou com Leandro Damião, avançou com a bola e mandou o chute no canto esquerdo do goleiro Sosa. Mal parecia verdade. Cedo, muito cedo, mais cedo do que os colorados mais empolgados poderiam sonhar, o Inter estava na frente.

Era a melhor notícia do mundo para aquela massa vermelha que ainda se acomodava no estádio. Com o gol, era certa a vitória, estava combinado o passeio, estava tudo perfeito, certo? Nada disso. O toque da bola na rede dos carboneros pareceu uma senha para o Peñarol mostrar as garras, expor os dentes e ir para o ataque. Aconteceu aquilo que vem ocorrendo sistematicamente com o Inter de Falcão: o oponente conseguiu circular com a bola, mas sem criar grandes chances. Quando criou, quase provocou um infarto coletivo no Beira-Rio.

Se não tivesse torcida do Peñarol (e muita: umas 2 mil pessoas), seria possível ouvir os grilos do Beira-Rio aos 15 minutos, tamanho o silêncio que envolveu o Gigante quando Freitas subiu na primeira trave e cravou a testa na bola. O lance redimensionou o conceito de susto. A bola foi em diagonal na direção do gol, inalcançável para Renan, irremediável para a zaga. Tinha todo o desenho de gol. Mas ela saiu. Graças a todos os santos colorados, ela saiu.

E graças a Bolatti, uma outra não entrou. Após escanteio da esquerda, a bola tomou o rumo do gol. Se o volante argentino não estivesse por ali, a vitória parcial teria virado empate no primeiro tempo. O jogador cortou na pequena área.

Mas nem tudo foi susto. O Inter, sustentado em um esquema 4-5-1, com Oscar, D’Alessandro e Andrezinho na articulação, criou suas chances também, e até em maior número do que o Peñarol. Andrezinho mandou três chutes, todos tortos, para fora. D’Alessandro mandou colocado, também para fora. E Kleber teve a melhor das oportunidades desperdiçadas. Recebeu pela esquerda, após bom tabelamento de Bolatti e Damião, e mandou chute cruzado – de novo, para fora.

Duas punhaladas

Para uma torcida que já venceu o Barcelona e já perdeu do Mazembe, poucas coisas soam inacreditáveis, seja para o bem, seja para o mal. Mas não pareceu real o que aconteceu nos primeiros cinco minutos de segundo tempo no Beira-Rio. Parecia pegadinha aquela bola entrando com bizarros 11 segundos. Parecia piada de mau gosto aquela outra bola morrendo na rede de Renan logo depois. Em tão pouco tempo, duas punhaladas. Absolutamente impossível de acreditar.

O Beira-Rio mergulhou em um misto de incredulidade, tristeza, preocupação e desejo de apoiar. Do outro lado, a torcida do Peñarol vivia segundos de êxtase, de surto, de euforia. Foi tudo tão rápido... O primeiro gol foi na saída de bola, uma arrancada de Martinuccio, o melhor jogador do Peñarol, caçado inutilmente por Bolívar. No segundo, Aguiar cruzou da esquerda e Olivera, muito bom centroavante, fuzilou Renan de cabeça.

O jogo virou uma roleta-russa para o Inter. Ao mesmo tempo em que precisava atacar, o time de Paulo Roberto Falcão corria riscos absurdos atrás. Freitas, com o gol vazio, perdeu chance clara em rebote de Renan, após cruzamento da direita. A defesa colorada estava em curto-circuito.

Cada tiquetaquear do relógio era um rasgo a mais na esperança colorada. Por que cargas d’água o tempo corria tão rápido? Quem diabos acelerava aqueles ponteiros? Com 20 minutos, o Inter não tinha criado bulhufas no segundo tempo! Falcão, antes disso, agiu. Colocou Ricardo Goulart, estreante na Libertadores, e Tinga nos lugares de Andrezinho e Oscar. Não deu certo.

O Inter até criou chances. D'Alessandro fez grande jogada pela direita, dentro da área, e rolou para Bolatti, que chutou fraco, em cima da zaga. Rafael Sobis arriscou de longe, mas Sosa pegou. Tinga perdeu gol feito. E o relógio rasgando a alma vermelha. E os ponteiros sendo acelerados por alguma entidade uruguaia misteriosa. E o pesadelo ganhando forma.

Todos os colorados vão acordar nesta quinta-feira, porque a vida segue. Mas o duro será perceber que não foi só um pesadelo. Foi real. E essa realidade machuca...
 

INTERNACIONAL 1 X 2 PEÑAROL
Renan, Nei (Rafael Sobis), Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho (Ricardo Goulart), Oscar (Tinga) e D'Alessandro; Leandro Damião. Sosa, González, Valdez (Albin), Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Freitas, Aguiar, Corujo e Mier (Domingo); Martinuccio e Olivera.
T: Paulo Roberto Falcão T: Diego Aguirre
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 04/05/2011. Árbitro: Enrique Osses (Chile). Auxiliares: Francisco Mondria (Chile) e Juan Maturana (Chile).
Gols: Oscar, a um minuto do primeiro tempo; Martinuccio, a 11 segundos, e Olivera, a cinco minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Freitas (Peñarol); D'Alessandro (Inter).

Veja os gols do Jogo:


CRUZEIRO 0 X 2 ONCE CALDAS

Cruzeiro não vê a cor da bola e é eliminado pelo Once Caldas: 2 a 0

Colombianos marcam duas vezes na etapa final e agora encaram o Santos

Em uma noite em que o Cruzeiro esteve irreconhecível em campo, o time mineiro, que fez a melhor campanha da primeira fase, foi eliminado da Libertadores pelo Once Caldas, da Colômbia, ao perder por 2 a 0, nesta quarta-feira, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Os gols foram marcados por Amaya e Dario Moreno, ambos no segundo tempo. (Veja no vídeo ao lado). Nos minutos finais do jogo, o técnico Cuca ainda se envolveu em um lance polêmico ao deixar o cotovelo no rosto de Rentería quando tentava recolocar a bola em jogo com mais rapidez.

Os comandados de Cuca poderiam perder por até 1 a 0 que ficariam com a vaga, já que haviam vencido por 2 a 1, no estádio Palogrande, em Manizales. Porém, desfalcado e jogando muito mal, foi dominado durante os 90 minutos pela equipe colombiana. A situação do Cruzeiro começou a se complicar aos 30 minutos do primeiro tempo, quando o meia Roger recebeu o segundo amarelo e acabou expulso.

Agora, a Raposa volta suas atenções para o Campeonato Mineiro, já que neste domingo enfrenta o arquirrival Atlético-MG, às 16h (de Brasília), neste mesmo estádio. O Once Caldas continua na competição continental e encara o Santos, de Neymar e cia. As datas dos jogos ainda não estão definidas, mas o primeiro confronto será em Manizales, já que o Peixe teve melhor campanha que o adversário.

Colombianos melhores

O jogo começou pegado. Tanto que, antes dos primeiros cinco minutos, Farías, pelo lado celeste, e Henríquez, do Once Caldas, já haviam levado o cartão amarelo. Ao contrário do que aconteceu nos duelos anteriores do Cruzeiro na Arena do Jacaré, pela Libertadores, a partida contra os colombianos mostrou ser complicada para a Raposa no quesito marcação. O Once Caldas marcava bem sob pressão, já que precisava se recuperar da derrota em casa

Sem Wallyson e Thiago Ribeiro, o Cruzeiro sofria muito com a falta de velocidade do setor ofensivo. Ortigoza e Farías não conseguiam levar a melhor sobre a defesa colombiana. A situação da Raposa se complicou com a expulsão do meia Roger. O jogador já havia levado cartão amarelo por uma falta por trás e, aos 30 minutos, cometeu a mesma infração e levou o cartão vermelho.

Pablo Cruzeiro x Once Caldas (Foto: Juliana Flister / VIPCOMM)Pablo não conseguiu parar Rentería, que teve grande atuação (Foto: Juliana Flister / VIPCOMM)

Bem em campo, os colombianos chegavam no ataque. O ex-atleticano Rentería quase marcou um golaço. Aos 34 minutos, ele driblou três marcadores e chutou no ângulo, colocado, mas a bola caprichosamente bateu no travessão. Silêncio sepulcral na Arena do Jacaré.

Com um a menos, o Cruzeiro não conseguia acertar o contra-ataque. Com isso, o time da casa começou a sofrer uma enorme pressão colombiana. Aos 42 minutos, Moreno chutou para fora uma grande chance, cara a cara com o goleiro Fábio.

Na única chance real de gol para o lado azul, Ortigoza invadiu a área e chutou torto, para fora, no último minuto do primeiro tempo.

Tragédia anunciada

O jogo ficou melhor para o Cruzeiro logo aos dez minutos da etapa complementar. O meia Carbonero foi expulso depois de dar uma cotovelada em Henrique, após dividida. Com a igualdade numérica, a Raposa equilibrou as ações e passou a levar mais perigo ao gol de Martínez, que não fez nenhuma defesa no primeiro tempo.

O jogo ficou aberto, com lances de perigo para os dois lados. E foi o colombiano que vibrou primeiro. Aos 21 minutos, Amaya subiu mais que a zaga após cobrança de escanteio, e cabeceou sem chances para Fábio, que havia feito duas defesas espetaculares em lances anteriores.

O gol deu ares dramáticos ao jogo. E aos 26 minutos, Dayro Moreno silenciou de vez a Arena do Jacaré. Depois de Pajoy ter chutado na trave sem goleiro, a bola sobrou livre para Moreno, que soltou uma bomba no canto para ampliar o placar.

A empolgação celeste antes da partida deu lugar aos xingamentos dos torcedores direcionados aos jogadores que não fizeram boa partida, como Henrique e Pablo. Ao deixar o campo para a entrada de André Dias, o volante foi vaiado pelos cruzeirenses.

Com placar que o eliminava da competição, o Cruzeiro foi com tudo em busca do gol que daria o direito de levar a decisão para os pênaltis. Victorino quase diminuiu em cobrança de falta que Martínez espalmou.

 Mas aos 37 minutos, veio o lance polêmico. Gilberto recebeu na grande área, driblou o marcador e fez um golaço. Mas a arbitragem assinalou impedimento equivocado do jogador. Jogadores e torcedores foram à loucura.

Daí para frente, o que se viu foi o desespero celeste, que desordenado, partiu para cima. Com isso, o ataque colombiano ganhou espaços, principalmente com Rentería, que deitou e rolou na zaga celeste, mas sem conseguir marcar.

E nos acréscimos, o técnico Cuca manchou ainda mais a noite do Cruzeiro. Uma bola sobrou para ele na lateral do campo. Ele pegou a bola com as mãos, e no embalo, deixou o cotovelo no rosto de Rentería. Após o jogo, o treinador negou a agressão (assista ao vídeo com a coletiva e a cena polêmica). A confusão na lateral do campo não ajudou em nada o time da casa. O que parecia impossível aconteceu. O Cruzeiro, melhor campanha da primeira fase, deixou a Libertadores eliminado pelos colombianos do Once Caldas.

cruzeiro 0 x 2 once caldas-COL
Fábio; Pablo, Gil, Victorino e Gilberto; Marquinhos Paraná, Henrique (André Dias), Roger e Montillo; Farías (Everton) e Ortigoza (Dudu) Martínez; Calle, Amaya, Henríquez e Nuñez; Henao (Pajoy), Mejia, Carbonero e Mirabaje; Moreno (Micolta) e Rentería
Técnico: Cuca Técnico: Juan Carlos Osorio
Gols: Amaya (21 minutos) e Moreno (26, do 2º tempo)
Cartões amarelos: Farías, Roger e Gil (Cruzeiro); Henríquez (Once Caldas) Cartões vermelhos: Roger (Cruzeiro) e Carbonero (Once Caldas)
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Motivo: oitavas de final da Libertadores. Data: 04/05/2011. Árbitro: Antonio Arias-PAR. Auxiliares: Nicolás Yegros-PAR e Darío Gaona-PAR Público: 14.972 Renda: R$ 352.780,39

 Veja os gols do Jogo:

FONTE DO RESUMO: GLOBOESPORTE.COM E A FONTE DOS VÍDEOS: GLOBO VÍDEOS

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