No esquema com três atacantes, Sport dá banho no Vasco: 3 a 0

04-11-2012 18:09

Rubro-negro pernambucano impõe em São Januário a sexta derrota seguida da equipe cruz-maltina e segue na briga para não ser rebaixado

 

Marcelo Sadio/vasco.com.br/divulgação  
Hugo marcou o segundo gol da vitória rubro-negra e comandou sistema ofensivo do Leão

 

Os dois times queriam a vitória. Há cinco partidas sem vencer, o Vasco precisava dos três pontos para seguir na briga por uma das vagas para a Libertadores. O Sport, para fugir do rebaixamento.  Ambos entraram com esquemas ofensivos. Três atacantes. O velho 4-3-3. Mas o Leão mostrou mais organização tática. As peças se encaixaram. E neste domingo, em São Januário, o Rubro-Negro pernambucano deu um banho de 3 a 0 importantíssimo para dar mortal à sua equipe. Por outro lado, o mal-estar deve crescer na Colina.

Felipe Azevedo, o veterano Hugo e Henrique marcaram os gols que deixaram a torcida do Sport mais otimista e a do Vasco irritada - a ponto de aplaudir o terceiro gol do adversário. A equipe pernambucana, em 17º lugar, ainda ocupa o Z-4 da tabela, mas não se afastou das equipes fora da zona de rebaixamento. No próximo domingo, o Leão volta a jogar fora de casa. A partida será no Orlando Scarpelli, contra o Figueirense, que foi derrotado pelo Flamengo no último sábado e é o penúltimo colocado, com 29 pontos.

Com a sexta derrota seguida, o Vasco se manteve com 50 pontos ganhos e vê o sonho da Libertadores se tornar quase impossível. Ocupa o sétimo lugar na tabela,  está a nove pontos do São Paulo, quarto colocado, e o time não esboça a menor reação. No próximo domingo, volta a campo em São Januário contra o Atlético-MG, vice-líder do Brasileirão.

Sport superior

Vasco e Sport entraram em campo ofensivos. Mas a equipe pernambucana se encaixou melhor no 4-3-3. Por isso, foi superior e já saiu do primeiro tempo com a vantagem. O técnico Sérgio Guedes preferiu armar o time com dois cabeças de área marcadores mesmo - Tobi e Rithely - e o meia clássico - o veterano Hugo. Confiava também que o lateral Cicinho, pela direita, ajudaria na armação de jogadas para Felipe Azevedo, pela direita, Gilberto, no meio da área, e Gilsinho, pela esquerda, explorarem a velocidade para surpreender a defesa vascaína..

Em casa, Marcelo Oliveira optou por um Vasco também no ataque. Tinha apenas um volante tradicional - Nilton. Wendel, que sai mais um pouco para o jogo, tinha a missão de auxiliar Juninho para servir Eder Luis, Alecsandro e Tenório,. de volta após seis rodadas de ausência, se recuperando de lesão. Mas nada isso aconteceu. Wendel foi apático, e o time estava menos inteiro no meio-campo, ainda que tenha vencido nos números na posse de bola - 62% a 38%..

Só que os números às vezes mentem. Tobi e Rithely iniciavam as jogadas com mais velocidade para o Leão e faziam as vezes de meia. Felipe Azevedo e Gilsinho abriam bem pelas pontas. Hugo se aproximava de Gilberto na área. Foi assim que o camisa 80 deu o primeiro susto que valeu - Tenório, pelo Vasco, havia explodido cabeçada no travessão, mas estava impedido. Só que o meia do Sport estava em condição legal e bateu bem de canhota pela meia direita. A bola desviou em Renato Silva e foi para escanteio.

Gol do Leão

Pouco depois, Felipe Azevedo arrancou pela direita e centrou com perigo para boa defesa de Prass. O Sport seguia na pressão ao Vasco até que Alecsandro, dúvida para a partida, deu uma bela cabeçada para fora, com perigo. Por sinal, o atacante, dos três, era, naquele momento, o que mais aparecia efetivamente. Eder Luis não dava sequência às jogadas. Tenório mostrava disposição, mas faltava ritmo de jogo.

Do outro lado, Gilsinho dava trabalho a Aurimar. Aos 27 minutos, ele arrancou pela esquerda e bateu cruzado, obrigando o goleiro do Vasco a fazer sua melhor defesa no primeiro tempo. No rebote, Cicinho, pela direita, colocou rasteiro, para fora, com perigo.

A melhor opção que restava para o Vasco era com Juninho caindo pela direita. E num lance assim, o meia recebeu de Auremir e centrou com perigo para Alecsandro, que chegou atrasado no lance.

Se o Vasco só tinha o lado direito para atacar - William Matheus ficava preso com os avanços de Cicinho -, o Sport alternava. E foi pela esquerda que iniciou a jogada do gol. É verdade que Gilsinho roubou a bola com falta, não marcada pelo árbitro. E Hugo se aproveitou da defesa do Vasco adiantada para rolar com açúcar e com afeto para Felipe Azevedo. O camisa 11 recebeu livre, tirou Fernando Prass da jogada e mandou para as redes, aos 39 minutos.

O Vasco ainda tentou o empate no fim da primeira etapa, quando Tenório mergulhou com a zaga do Sport para cabecear. Saulo fez a defesa mais bonita do primeiro tempo e fez justiça à melhor equipe nos primeiros 45 minutos. E tome vaias para o Vasco.

Sport amplia

Marcelo Oliveira mexeu no Vasco. Sacou William Matheus para pôr Felipe. Com isso, Wendel caiu para o lado esquerdo, na tentativa de impedir os avanços de Cicinho. Mas a defesa, como no primeiro gol, cochilava. Gilsinho até errou o passe, mas Renato Silva tratou de falhar, e a bola quase sobrou limpa para Hugo.

Com Felipe no meio com Juninho, só Nilton marcava. Ficou mais fácil ainda para o Sport partir para o contra-ataque. Foi assim logo aos 7 minutos, quase chegando aos 8. Felipe Azevedo arrancou pela direita e centrou no meio da área. Gilberto rolou de calcanhar para trás, e Hugo colocou com categoria, sem defesa: 2 a 0 para o Sport, para felcidade dos torcedores da equipe pernambucana presentes em São Januário.

Marcelo Sadio/vasco.com.br/divulgação  
Juninho teve atuação apagada na partida

O técnico do Vasco voltou a mexer. Trocou Auremir, fraco na marcação e no apoio, para pôr Fellipe Bastos improvisado. Depois, sacou Eder Luis e lançou Pipico. A torcida mostrava irritação com o time, que não esboçava muita reação. Alecsandro dominou na entrada da área aos 21 e bateu torto, para fora.

Com os 2 a 0, o Sport só ia na boa. O Vasco tentava reagir. Wendel, pela esquerda, levou perigo a Saulo, que fez boa defesa. O técnico do Leão, Sérgio Guedes, que há havia trocado Gilberto por Moacir, poupou Cicinho para botar Renato. Depois, sacou Felipe Azevedo, que teve boa atuação mas estava cansado, para pôr Henrique. Que, aos 41, ainda teve tempo de marcar o terceiro gol, ao escorar centro de Reinaldo, que tomou a bola de Pipico. O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, que assistia das tribunas, ficou desconsolado. A torcida aplaudiu o adversário. E o Sport saiu como gigante na Colina. O Vasco precisa reagir.

Fonte: Globo Esporte

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