Neymar marca 100º, mas Palmeiras vira e bate o Santos em Prudente

05-02-2012 18:23

 

No dia em que completa 20 anos, atacante chega aos 100 gols, mas Verdão aplica virada no fim em clássico emocionante

 

No dia em que completou 20 anos, Neymar chegou a seu centésimo gol na carreira, mas quem comemorou foi o torcedor do Palmeiras. Num clássicio emocionante, em Presidente Prudente, o Verdão virou o jogo para cima do Peixe nos momentos finais e venceu por 2 a 1.

 

 

 

 

Foi a primeira derrota do Santos no ano, no segundo jogo dos titulares na temporada. O time permanece fora do G-8 do Paulistão O próximo jogo do Peixe é quinta-feira, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto. Já o Palmeiras segue invicto, colado nos líderes, e volta a jogar na quarta-feira, contra o XV de Piracicaba, no Pacaembu.

Cicinho Palmeiras Neymar Santos (Foto: Ricardo Saibun / Ag. Estado)Cicinho, do Palmeiras, marca de perto Neymar, do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Ag. Estado)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Brilhos de Neymar x forte marcação palmeirense

Antes da a bola rolar, o técnico Luiz Felipe Scolari reclamou muito do forte calor, típico de Presidente Prudente. Ele disse que os jogadores teriam de dar o “couro todo”. E seus comandados ouviram o recado. Desde o apito inicial, os palmeirenses armaram uma forte marcação homem a homem. Felipão até escalou o volante João Vitor em vez do meia Patrik para reforçar a defesa e deixar Valdivia mais solto no ataque.

A princípio, a estratégia deu certo. Cicinho colou no aniversariante Neymar, que ficou apagado. O Mago, por sua vez, aparecia bem. Aos seis minutos, enfiou a bola com perfeição para Luan arrancar livre pela direita. Rafael teve de sair da meta para evitar o gol e acabou deixando a sobra para Juninho, que tentou cruzar para Fernandão, mas errou o passe.

Foram raras as chances de gol nos primeiros 15 minutos de um clássico de marcação e pouca “ousadia e alegria”. Foi quando Neymar resolveu trocar as chuteiras. Pode ser só coincidência, mas funcionou. O carrapato Cicinho o seguiu até a beira do campo, mas já não vencia mais o duelo particular.

Neymar, enfim, começou a se soltar, chamar o jogo e mostrar um pouco de seu vasto acervo de dribles desconcertantes. Henrique foi o primeiro a ficar na saudade, mas Cicinho foi a grande vítima. O lateral levou uma caneta e um drible de calcanhar. Foi assim que o Santos construiu sua melhor chance. Depois de se livrar de Cicinho, Neymar cruzou para Elano chutar, livre. A bola passou rente à trave direita de Deola. Neymar só parava com falta.

Por conta do calor, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira fez uma parada técnica. Melhor para o Verdão, que parou de sofrer com as investidas de Neymar e, aos poucos, voltou ao jogo. Enquanto Neymar era caçado, as bolas paradas de Marcos Assunção atormentavam o goleiro Rafael. Valdivia também fez o arqueiro trabalhar, mas sentiu dores na coxa direita e foi substituído por Daniel Carvalho.

O meia, que já admitiu estar acima do peso, entrou em campo com a corda toda. Ele quase abriu o placar aos 44 minutos. Daniel Carvalho foi se infiltrando na grande área santista, passou por três marcadores. Mesmo perdendo o ângulo para o arremate, ele obrigou Rafael a fazer uma grande defesa. No primeiro tempo, as torcidas só tiveram o que comemorar quando o locutor do estádio anunciou que o rival Corinthians perdia para o Bragantino por 1 a 0.

Emoção no segundo tempo

Para deixar o Peixe mais ofensivo, o técnico Muricy Ramalho colocou em campo Alan Karderc no posto de Borges, apagado e ainda sem ritmo de jogo. No entanto, foi o Palmeiras que voltou do vestiário mais agressivo. Com Juninho puxando as ofensivas alviverdes pela ponta esquerda, o Verdão chegou perto com Daniel Carvalho e Marcos Assunção, mas quando Rafael não salvava, a falta de pontaria era o problema.

O Santos melhorou, mas pouco. Elano, que pouco fez durante o clássico ainda tentou um chute da intermediária antes de ser sacado para a entrada de Ibson. Neymar, bem marcado, também arriscou

de longe. Sem sucesso. O jogo foi para mais uma parada técnica com o placar zerado.Restavam então apenas alguns minutos para decidir o clássico. Por isso, os times pegaram fôlego e atacaram com tudo. Luan, depois de receber curzamento de Assunção, obrigou Rafael a fazer mais uma grande defesa.

Mas o dia era mesmo dele, do aniversariante Neymar. O amigo Paulo Henrique Ganso tratou de presentear o atacante com um passe na medida em uma cobrança de falta. Bem posicionado, aos 24 minutos, Neymar não perdoou. De cabeça, assim como foi seu primeiro diante do Mogi Mirim, ele fez seu centésimo gol como profissional para explodir o Prudentão.

O Verdão não se entregou. Maikon Leite, que entrou no lugar de Luan logo depois do gol, recebeu lançamento e encobriu o goleiro Rafael. No entanto, Maranhão salvou quando a bola já caminhava para a meta vazia. De tanto pressionar, Palmeiras conseguiu provocar a expulsão de Ibson. E, no fechar das cortinas, Assunção, em cobrança de escanteio, colocou a bola na cabeça de Fernandão para empatar.

E a virada veio nos acréscimos. Juninho chutou da lateral esquerda e Maranhão tentou cortar, mas acabou desviando para a rede. Uma virada de tirar o fôlego.

Fonte: Globo Esporte

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