Flu para o líder Atlético-MG, mas não consegue sair do zero no Engenhão

29-07-2012 18:11

 

Em jogo equilibrado, Tricolor pressiona no fim, tem gol de Fred mal anulado, e goleiro Victor sai como destaque do Galo, que foi melhor só no 1º tempo

 

 

Companheiros na Copa de 2006, Fred e Ronaldinho se cumprimentam antes da partida. Foto: Mauro Pimentel/Terra

Companheiros na Copa de 2006, Fred e Ronaldinho se cumprimentam antes da partida
Foto: Mauro Pimentel/Terra

A sequência de sete rodadas invicto do Atlético-MG finalmente foi interrompida. Mesmo assim, o Fluminense, autor do feito, não foi capaz de derrotar o líder do Campeonato Brasileiro, e o duelo no Engenhão, na tarde deste domingo, terminou 0 a 0. O Galo, no entanto, contou com uma ajudinha da arbitragem, que marcou impedimento em gol legal de Fred, em lance milimétrico. Com dois times ofensivos, os 16.175 pagantes (19.761 presentes) viram um jogo equilibrado, com alternância de domínio, e o goleiro Victor como um dos destaques, segurando o Tricolor.

Com o resultado, as posições e distâncias entre os primeiros não mudam. A equipe mineira soma agora 32 pontos, dois à frente do Vasco, que empatou com o Inter, sábado, e ainda mantém outros seis de dianteira sobre os cariocas, que vão a 26. O Inter, primeiro fora do G-4, tem 23 pontos. Na próxima rodada, o Flu visita o Coritiba, enquanto o Atlético repete a dose no estádio, quando mede forças com o Flamengo, em reencontro com Ronaldinho Gaúcho.

Se o Galo não dá brecha para ninguém na liderança há seis rodadas, no duelo com o terceiro colocado a alternância de domínio foi marcante. Contando com o apoio da torcida, que compareceu em bom número ao Engenhão, o Flu começou assustando. Carlinhos cruzou para Fred, que dominou e, sozinho, na marca do pênalti, bateu mal. Um cartão de visitas aos três minutos, que precedeu o controle territorial pelo menos até os 15 minutos. Mas o time mineiro soube se segurar.

Aos poucos, nos contragolpes, o visitante se soltou e passou a gostar do jogo. Foi a sua vez de envolver o Tricolor, que pecava na saída de bola. Deco também não brilhava. Ronaldinho, por sua vez, se sobressaía no retorno ao Rio desde que deixou o Flamengo. O camisa 49 finalizou duas vezes com perigo e distribuiu assistências, não aproveitadas por Jô, que parou em Diego Cavalieri.

Com jeitão de decisão, a partida também era pegada, com muitas faltas, reclamações e tensão. O Atlético recebeu dois cartões antes da metade da etapa (Danilinho e Junior Cesar) e reclamou dos critérios do árbitro. Um lance em especial criou polêmica: a bola bateu no braço de Wallace dentro da área, desviando sua trajetória. Mas Rodrigo Braghetto tratou como acidente e mandou seguir.

Mais compacta, a equipe de Cuca deixou o Flu para trás nos números de posse de bola: 52% a 48%, apesar de ter finalizado menos - 6 a 4. Nos dez minutos finais do primeiro tempo, a pressão cresceu, com jogadas ensaiadas diversas, passando quase sempre por todo o quarteto formado por R49, Danilinho, Bernard e Jô. Antes do apito, porém, a melhor chance foi tricolor: Fred escorou cruzamento da esquerda e obrigou Victor a fazer uma belíssima defesa com o braço esquerdo.

Sem alterações, os rivais voltaram mais cautelosos. Não sair derrotado passou a ser a ordem de lado a lado. Ainda assim, o jogo não perdeu em emoção. Aos 12 minutos, Fred aproveitou uma bola dividida no meio, arrancou, bateu na saída de Victor, mas parou novamente no goleiro do Galo. A resposta foi imediata: Marcos Rocha virou para Danilinho, na área, mas o meia-atacante isolou.

Cuca e Abel resolveram explorar as opções no banco de reservas para acabar com o equilíbrio. Marcos Junior entrou no lugar de Thiago Neves e transformou o Flu em um esquadrão à antiga, com dois pontas velozes e um centroavante. Já os mineiros fizeram trocas simples: Bernard, que saiu de maca por conta de uma pancada na coxa direita, por Escudero, e Danilinho por Guilherme.

Daí em diante, o Tricolor retomou as rédeas de vez e ensaiou uma pressão. De todos os lados Victor foi bombardeado, mas manteve-se seguro. A essa altura, o Galo tinha dificuldades para sair e só criou perigo em bola de Ronaldinho. Até que aos 41, Fred foi lançado, em condição legal, driblou o goleiro e marcou o gol, que foi anulado pelo assistente Vicente romano Neto.

O erro - milimétrico, diga-se - foi muito contestado até depois do apito final. Os jogadores cercaram o trio de arbitragem, alegando demora na hora de parar a jogada.

 

Fonte: Globo Esporte

Voltar

Procurar no site

F7000 © 2014 @f7000site Todos os direitos reservados