Em jogo de péssima arbitragem, Cruzeiro e Fluminense ficam no 1 a 1

Fábio e Cavalieri fazem grande defesas, dois times reclamam de pênaltis não marcados e igualdade no Independência acaba sendo ruim para ambos

Cruzeiro e Fluminense correram e lutaram, literalmente, pela vitória. Mas as boas atuações dos goleiros Fábio e Diego Cavalieri somada aos diversos erros de arbitragem fizeram com que os dois times não conseguissem sair de um amargo empate em 1 a 1 na noite desta quarta-feira, na Arena Independência, em Belo Horizonte, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Wellington Paulista abriu o placar para os mineiros e Fred empatou ainda no primeiro tempo. Os dois times reclamaram muito da atuação do árbitro Paulo Henrique Godói Bezerra. Foram pelo menos dois pênaltis não marcados, um para cada lado.

Com o resultado, o clube mineiro alcançou os 27 pontos e se manteve na sexta posição da competição nacional. Já o Tricolor chegou aos 36 pontos, ainda na vice-liderança, e perdeu a oportunidade de encostar no líder Atlético-MG.

O Fluminense volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Sport, às 18h30m (de Brasília), no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela 18ª rodada. Já o Cruzeiro viaja para enfrentar o Coritiba no domingo, às 16h (de Brasília), no Couto Pereira.

Arbitragem em foco

O jogo começou em ritmo acelerado na Arena Independência. Logo no primeiro contra-ataque do Cruzeiro, Fabinho acertou a trave de Diego Cavalieri. Na sequencia do lance, Ceará colocou a bola na área em cobrança de lateral da direita, a zaga tricolor cochilou no lance, Wellington Paulista se antecipou a Gum, dominou de cabeça e abriu o placar. A jogada gerou muita polêmica porque os jogadores do Fluminense reclamaram de um toque de mão do atacante celeste no momento do domínio, mas a arbitragem validou o lance.

O lance daria a tônica da primeira etapa: dois times nervosos diante dos seguidos erros da arbitragem. Mesmo fora de casa, o Fluminense logo tomou o domínio do meio-campo e partiu para o ataque em busca do empate. Difícil era colocar os ânimos no lugar e acertar o último passe. Diante de um adversário ainda atordoado pelo gol polêmico, o Cruzeiro até tentava, mas não conseguia se impor. O único lampejo de criatividade mineiro saia dos pés de Montillo, autor da única jogada de perigo da Raposa no primeiro tempo além do gol: um chute de fora da área que saiu por cima da meta de Cavalieri.

No lado tricolor, as jogadas saiam com tranquilidade. Mas esbarravam no bandeirinha, no goleiro Fábio ou até mesmo nos erros individuais. Aos 18, a arbitragem assinalou impedimento inexistente de Thiago Neves em um lance que se anunciava perigoso. Dois minutos depois, Fred furou na marca do pênalti após passe de Wagner. Aos 33, o camisa 9 recebeu belo passe de Jean e chutou em cima do goleiro cruzeirense, que saiu bem do gol e fechou o ângulo.

Em um de seus últimos ataques na etapa inicial, o Cruzeiro também reclamou muito da arbitragem. Éverton invadiu a área pela esquerda e foi empurrado por Wallace. Paulo Henrique Godói Bezerra mandou o lance seguir e quase levou o técnico Celso Roth à loucura na beira do campo. De tanto insistir, o Fluminense chegou ao empate em sua especialidade: a bola parada. Thiago Neves cobrou falta, Gum desviou de cabeça e Fred completou para o gol. Foi o 14º gol de bola parada do Tricolor no Campeonato Brasileiro, o nono de cabeça e o quarto do capitão em quatro jogos diante do Cruzeiro. E mais uma vez ele não comemorou em respeito ao ex-clube.

Expulsões e mais reclamações

O clima nervoso voltou para o segundo tempo, mas o bom futebol não. Abusando dos erros de passe, os dois times pouco ameaçaram no início. Tanto que a primeira chance de perigo foi apenas aos 23 minutos. Após cobrança de falta da esquerda, Leo desviou de cabeça e obrigou Cavalieri a fazer grande defesa. Após o lance, o empurra-empurra na área quase acabou em confusão entre Wellington Paulista e Fred.

Minutos depois, uma cena parecida resultou em duas expulsões. O volante cruzeirense Charles, que já tinha cartão amarelo, e o atacante tricolor Matheus Carvalho, que havia entrado minutos antes, receberam o vermelho direto após uma cobrança de escanteio.

Com 10 homens em cada lado o jogo ficou mais aberto. O Fluminense chegou perto do segundo gol, mas Fred parou novamente em Fábio, aos 29. Mesmo com mais pose de bola, o Cruzeiro não conseguiu levar perigo ao gol tricolor. No fim, mais reclamação. Thiago Neves e Rafael Sobis, em sequência, foram derrubados dentro da área e o juiz nada marcou. Outro erro para coroar a péssima exibição da arbitragem.