Cruzeiro perde para a Ponte e cai três posições

05-08-2012 20:40

 

Time comandado por Roth foi derrotado por 2 a 1 em pleno Independência. Macaca se destaca com marcação forte e boa atuação do goleiro Roberto

 

Volante Charles deixando o gramado chorando

O Cruzeiro voltou a decepcionar a torcida no Independência e foi derrotado pela Ponte Preta por 2 a 1. A equipe de Campinas, em posição inferior na tabela, encarou de frente os donos da casa e poderia ter feito mais gols. O time mineiro caiu três na tabela e terminou a rodada em oitavo lugar. Já a Ponte Preta subiu para o nono lugar com os três pontos conquistados em Belo Horizonte. No meio de semana, o Cruzeiro enfrenta o Santos na Vila Belmiro, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília). No dia seguinte, a Ponte Preta recebe o Grêmio, às 21h, no Moisés Lucarelli.

Armado no esquema 4-4-2, com Tinga fazendo mais a função de meia, ao lado de Montillo, o Cruzeiro começou o jogo pressionando a Ponte Preta. Com volume de jogo e apoiado pela torcida desde o primeiro minuto, o time foi para cima. Antes dos três minutos já havia chegado com perigo num corta-luz de Wallyson que Diego Renan concluiu para fora.

Vindo de quatro jogos sem vencer e após uma inter-temporada em Porto Feliz, no interior de São Paulo, o time de Gilson Kleina entrou em campo claramente com a postura de se fechar em busca de um contragolpe. Mas o time de Campinas conseguiu segurar o ímpeto do rival e, aos 17 minutos, encaixou o primeiro contragolpe, que foi fatal. Rildo roubou a bola no meio-campo, se livrou de dois e tocou para Marcinho. O meia recebeu e deu lindo passe em profundidade para encontrar Cicinho livre. O camisa 2 se aproveitou da condição legal dada por Victorino, que corria pelo outro lado, e esperou a definição de Fábio para bater sem chances para Fábio.

O gol não calou a torcida da casa que, imediatamente, voltou a apoiar a equipe. Com mais força, o Cruzeiro ameaçou duas vezes em três minutos, ambas com a participação de Tinga. Na prmeira, ele dividiu com o goleiro Roberto. A bola sobrou fora da área e Montillo pegou de primeira, mas mandou para fora. Logo depois, Wallyson deixou com Tinga, que bateu firme, mas Roberto defendeu.

Como o time não conseguiu o empate antes dos 30 minutos, os torcedores elegeram um vilão: o volante Charles. O jogador não vinha bem na partida e começou a ser vaiado a cada toque na bola. Irritado, o jogador gesticulou para a torcida, pedindo para que aumentassem as vaias. Do banco, Roth pedia calma ao jogador que, do campo, mandou o recado: 'Se quiser me tirar, pode tirar'

 

A Ponte teve a chance de ampliar aos 34. Roger deu passe açucarado para Marcinho que, livre, chutou para fora a esquerda do goleiro.

Com a torcida irritada e o time refletindo o nervosismo em campo, Roth mandou Sandro Silva e Souza para o aquecimento antes dos 40 minutos. Mesmo nervoso, o Cruzeiro chegou perto do empate mais duas vezes. Wallyson fez jogada pela direita e cruzou para Borges, que desviou com estilo, mas por cima do gol. Em seguida, o camisa 11 recebeu livre pela direita da área e, mesmo sem ângulo, tentou o gol.

Quando a vitória parcial da Ponte já parecia sacramentada na primeira etapa, o Cruzeiro conseguiu o empate. Montillo caiu pela esquerda e cruzou rasteiro. Tinga bateu travado com o zagueiro e acabou dando um passe excepcional para Borges, que com o gol escancarado estufou a rede de dentro da pequena área.

Após o gol, não houve tempo para mais nada. Com o encerramento dos primeiros 45 minutos, o volante Charles deixou o gramado chorando sem falar com ninguém. Já a torcida, em festa, gritou o nome do jogador que vaiou durante todos os 45 minutos iniciais.

Na volta do intervalo, Charles retornou com a equipe. Antes de a bola rolar, boa parte da torcida gritou o nome do jogador, apoiando-o. O jogo começou, as vaias ao camisa 7 cessaram e só se ouvia gritos de incentivo ao time da casa.

Com a bola rolando, a Ponte Preta demorou menos de três minutos para voltar à frente no placar. De frente para o gol, Marcinho cobrou falta, a bola passou por todo mundo, quicou na frente de Fábio, que não conseguiu a defesa. Gol de Marcinho e falha feia do goleiro do Cruzeiro. A Raposa respondeu em seguida. Borges recebeu na área e mandou uma bomba na trave. Antes dos cinco minutos, o goleirão da Macaca apareceu e evitou o empate, desta vez em cobrança de escanteio desviada por Léo.

O Cruzeiro por pouco não se complicou de vez, em novo erro de Fábio. Léo recuou para o camisa 1, que tentou rolar para Victorino. A bola saiu fraca e ficou melhor para Roger, mas o zagueiro foi bem na jogada e evitou o pior para o time da casa.

Percebendo que o time tinha perdido força no ataque, Celso Roth resolveu mexer, sacando Wallyson para a entrada de Wellington Paulista. Apesar de ter características de homem de área, Paulista entrou exercendo a mesma função de Wallyson, caindo mais pela direita do ataque. Do outro lado, Gilson kleina também mexeu. Tirou Somália para a entrada de Renê Júnior e, oito minutos depois, veio Caio para a vaga de Marcinho.

Após as mexidas, Roberto mais uma vez salvou a Ponte. Ceará cobrou falta da intermediária, a defesa parou tentando fazer a linha de impedimento, mas em condição legal Borges se abaixou para desviar de cabeça, mas o arqueiro da Ponte salvou mais uma vez.

Como o empate não veio, Roth fez suas duas últimas alterações. Tirou Ceará, que minutos antes havia cortada a cabeça e não tinha se recuperado do choque, para a entrada de Souza. Logo depois saiu Tinga para a entrada de Marcelo Oliveira. Com as mexidas, Diego Renan passou para a direita, com Oliveira na esquerda, enquanto Souza ficou responsável pela armação das jogadas ao lado de Montillo. 

Apesar das mudanças, era a Ponte quem dominava. O visitante perdeu uma excelente chance de ampliar a vantagem aos 36, depois que o juiz deu vantagem após falta de Léo em Caio. Cicinho ficou com o rebote, mas não conseguiu finalizar. Com tantas finalizações, o árbitro acrescentou mais cinco minutos ao jogo que, no entanto, acabou em 2 a 1. E, ao final da partida, os jogadores da Ponte se abraçaram em casa comemorando os três pontos fora de casa.

Fonte: Globo Esporte

 

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