Coritiba tem mais força e atropela o Cruzeiro

19-08-2012 18:18

 

Desordenado, time mineiro não se encontra e perde por 4 a 0 para o Coxa que, se tivesse caprichado mais, poderia ter tido placar ainda mais elástico

 

O temor das duas torcidas estava relacionado ao fato de Coritiba e Cruzeiro terem uma extensa lista de desfalques para a partida deste domingo, no estádio Couto Pereira, pela 18ª rodada do Brasileirão 2012. Mas, ao fim dos 90 minutos, o temor era justificável apenas para os cruzeirenses, que apesar dos primeiros minutos de equilíbrio, não suportou a velocidade do time da casa e acabou goleado com sobras pelo rival por 4 a 0, gols de Lucas Mendes, Ayrton, Roberto e Anderson Aquino. O placar só não foi mais elástico porque o time da casa desperdiçou várias chances claras de gol.

Com a vitória maiúscula, o Coritiba quebrou a barreira dos 100 gols na temporada, chegando a 103, e se isolou na 16ª posição na tabela, com 19 pontos ganhos em 18 partidas. Com a derrota, a Raposa estacionou nos 27 pontos e permanece na oitava posição.

Na próxima rodada,. O Coxa encara o Figueirense, domingo, às 16h (de Brasília), no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Já o Cruzeiro terá o clássico contra o Atlético-MG, no mesmo dia, mas às 18h30m, no Independência, em Belo Horizonte.
 

Coritiba comemora vitória sobre o Cruzeiro (Foto: Divulgação/Site oficial do Coritiba)Coritiba comemora goleada sobre o Cruzeiro (Foto: Divulgação/Site oficial do Coritiba)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com muitos desfalques dos dois lados e a consequente falta de entrosamento, Coritiba e Cruzeiro começaram abusando dos passes errados. Sem nenhum time com o controle das ações, o jogo ficou concentrado na intermediária das duas equipes.

Souza deu o primeiro susto em Vanderlei em uma cobrança de escanteio. Da esquerda do ataque, ele bateu fechado e, por pouco, Ayrton não mandou contra o patrimônio. Mas o lateral se redimiu e ajudou o time a marcar. Robinho foi derrubado por Diego Renan na intermediária. Ayrton cruzou, a defesa ficou na dúvida entre fazer a linha de impedimento ou não. E, na indecisão, Lucas Mendes entrou de peixinho, sem chances para Fábio. Centésimo gol da equipe na temporada, em 55 partidas.

Em desvantagem, o Cruzeiro mostrou ter sentido o gol. Em uma bola recuada, Fábio tentou inventar na frente de Roberto e, por pouco, não complicou ainda mais a situação da equipe. Na sequência, o arqueiro do Coxa, Vanderlei, agiu de forma semelhante e quase entregou bola para Wellington Paulista.

Com o adversário atordoado, o Coritiba cresceu no jogo e passou a pressionar ainda mais o rival. O placar só não foi ampliado aos 32, com Ayrton cobrando falta, porque Fábio fez linda defesa.

Se na defesa o time era facilmente dominado, sobretudo pelas boas movimentações de Rafinha e Everton Ribeiro, no ataque, o Cruzeiro até criava, mas não conseguia finalizar. Um exemplo foi a roubada de bola na meia em que Fabinho deu ótimo passe para Marcelo Oliveira. Ele até bateu para o gol de dentro da área, mas errou o alvo.

A esta altura, Sandro Silva e Lucas Silva, os dois principais marcadores da Raposa, já haviam sido amarelados, sendo que o segundo fez falta no mesmo local em que Ayrton cobrou na cabeça de Lucas Mendes. Em tarde inspirada, o lateral se deu o direito de arriscar uma cobrança para o gol e, ao melhor estilo do saudoso Didi, acertou um chutaço, uma folha seca de três dedos sobre a barreira: 2 a 0.

No minuto seguinte, talvez inspirado pelo adversário, Souza tentou descontar, também de falta. Mas Vanderlei conseguiu evitar o gol rival. Irritado com o time e andando de um lado para o outro, Celso Roth ainda viu Wellington Paulista tentar cavar um pênalti e receber o terceiro amarelo que lhe tira do clássico contra o Atlético-MG, no próximo domingo. Pelo visto os problemas de Roth estão longe de acabar.

Com 2 a 0 no placar, o Coxa tocou a bola diante do adversário, que apesar da desvantagem, também parecia querer o fim da etapa inicial que foi encerrada com menos de um minuto de acréscimo.

Passeio no Auto da Glória

Com a desvantagem de dois gols, Celso Roth resolveu arriscar e fez duas mudanças na volta do intervalo, abrindo o time em busca de gols. Saíram Diego Renan e Lucas Silva para as entradas de Tinga e Wallyson. Com a saída do lateral-esquerdo, Marcelo Oliveira foi deslocado para o setor, e o meio ficou com Sandro Silva, Tinga e Souza, os dois últimos mais preocupados em atacar. No ataque, o time passou a ter três homens, com Wallyson e Fabinho pelas pontas, com WP9 mais centralizado.

Mas as mudanças não tiveram nem tempo de surtir efeito, já que logo aos três minutos, o Coritiba chegou ao terceiro gol. Rafinha recebeu de Júnior Urso pelo meio, carregou e deu ótimo passe para Roberto. Ele invadiu a área, e mesmo pressionado conseguiu o arremate, que ainda desviou em Rafael Donato antes de entrar no ângulo de Fábio.

Defensivamente, o time mineiro virou presa fácil para o rápido ataque paranaense. Se o nome do primeiro tempo, Ayrton, andava sumido, na etapa final, Rafinha, Everton Ribeiro e Roberto passaram a ditar o ritmo. Sem muito esforço aparente, eles envolviam a defesa cruzeirense, e só não ampliavam o placar por errarem no último passe ou na finalização. Foram várias as chances perdidas.

Mais para dar ritmo de jogo para Anselmo Ramon, que pode atuar no clássico de domingo que vem, do que para tentar uma reação, Roth sacou Wellington Paulista. Por sua vez, o técnico Marcelo Oliveira também passou a usar o banco. Primeiro ele tirou Robinho para a entrada de Gil, e depois colocou Anderson Aquino na vaga de Roberto, que saiu muito aplaudido. Depois foi a vez de Lucas Mendes ter o nome gritado pela torcida para a entrada de Dirceu.

Se tudo já era motivo para festa, o chutão que virou lançamento para Rafinha veio apenas coroar a bela partida do time alviverde. Em condição legal, o meia arrancou do meio-campo tendo como companhia apenas o atacante Anderson Aquino, correndo a seu lado. O camisa 7 invadiu a área, esperou a definição de Tinga, driblou Fábio e deu de presente para Aquino só empurrar para o gol. Goleada na capital paranaense, gritos de olé e confiança para o time fugir das proximidades da zona de rebaixamento nas próximas rodadas. Ao Cruzeiro, resta juntar os cacos e tentar atrapalhar o arquirrival que briga pelo título do Brasileirão.

Everton Ribeiro, do Coritiba, em lance do jogo contra o Cruzeiro (Foto: Divulgação/Site oficial do Coritiba)Everton Ribeiro, do Coritiba, tenta escapar da marcação cruzeirense (Foto: Divulgação/Site oficial do Coritiba)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Globo Esporte

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