Com gol do estreante Bruno Mineiro, Lusa vence e afunda o Figueirense

Atacante abre caminho para vitória da Portuguesa, que respira aliviada no Campeonato Brasileiro. Resultado mantém os catarinenses na lanterna

A Portuguesa recebeu o Figueirense na noite deste sábado e com, gols do estreante Bruno Mineiro e de Ananias, venceu por 2 a 0 e se distanciou da zona de rebaixamento. Agora, a equipe rubro-verde aparece em 12º, com 16 pontos. Enquanto isso, o time de Santa Catarina acumulou mais uma derrota e se manteve na lanterna do Campeonato Brasileiro, com oito.

Foi a primeira vez que o time da capital paulista conseguiu dois êxitos consecutivos. No total, já são quatro vitórias da Lusa no torneio. Do outro lado, o Figueira ampliou sua sequencia negativa na competição: já são treze partidas sem um triunfo.

Em casa, a Portuguesa dominou as jogadas ofensivas ao longo de toda a partida, mas só conseguiu marcar no segundo tempo. Primeiro com o estreante Bruno Mineiro e depois, já perto do fim do jogo, com Ananias. A equipe de Santa Catarina, diferentemente da Lusa, criou muito pouco e teve apenas uma chance clara de marcar. Aloísio, que entrou no decorrer do confronto, parou nas mãos do experiente Dida.

Na próxima rodada, a Portuguesa vai até Salvador enfrentar o Bahia, na quarta-feira, às 20h30m, no Pituaçu. No mesmo dia, mas às 21h50m, o Figueirense recebe o Flamengo em Florianópolis, no Estádio Orlando Scarpelli.

Caio tenta passar pela marcação do volante Ferdinando (Foto: Leandro Martins/Futura Press/Agência Estado)

Figueira pouco cria, e pressa atrapalha a Lusa

Antes do início da partida, o técnico Geninho, da Portuguesa, já teve de fazer uma alteração importante na equipe. Sem poder contar com Diego Viana, o treinador promoveu a estreia do atacante Bruno Mineiro no time. Já o Figueirense, cheio de desfalques – foram dez entre lesionados e suspensos – subiu para o gramado do Canindé com o que era esperado e treinado por Hélio dos Anjos.

Apesar de ter Loco Abreu e Caio desde o início, a equipe de Santa Catarina ficou longe de marcar. Ficou distante, até, de assustar o experiente goleiro Dida. Ao longo da primeira etapa, o Figueira não arrematou uma bola sequer na direção da meta rubro-verde. Em seus poucos contra-ataques, o bom posicionamento da dupla de zaga da Lusa, formada por Valdomiro e Gustavo, não deixou espaço para os atacantes dos visitantes.

Já a Portuguesa ficou muito mais tempo no campo de ataque. Com passes rápidos e apressados, porém, a Lusa teve dificuldade para chegar dentro área com chances reais de abrir o placar. As tentativas de lançamentos longos ou tabelas não deram em nada.

Quando o time se acalmou um pouco, e esperou a aproximação dos volantes e meias, o time da casa assustou um pouco mais. Foram três chances mais agudas. Dentro da área, Luis Ricardo teve uma oportunidade no início, mas a bola desviou. Depois, foram as vezes de Ananias puxar o contra-ataque e quase marcar, e de Léo Silva, em um petardo de fora da área mandar rente ao travessão.

– Tivemos um pouco de pressa. Vamos voltar para o segundo tempo e tentar caprichar um pouco mais para chegar ao gol – disse o meia Moisés na saída para o intervalo.

Estreante pé quente dá vitória para Lusa

No segundo tempo, Hélio dos Anjos voltou com uma alteração para tentar ganhar o meio-campo. Como os chutões e passes longos prevaleceram na primeira etapa, ele abriu mão do experiente volante Túlio, de 34 anos, e mandou para o campo o mais novo Coutinho, de 28. A ideia era acalmar um pouco mais o jogo e tentar segurar a bola para chegar ao ataque com mais tranquilidade. Mas tudo isso ficou apenas na tentativa.

A Portuguesa voltou com a mesma pegada de antes do intervalo e assustou duas vezes logo no início. Com a velocidade do primeiro tempo, mas com mais calma na hora dos passes, a Lusa criou mais oportunidades. E o gol saiu logo aos 9 minutos. Marcelo Cordeiro cobrou falta com força, no meio do gol. Ricardo deu rebote e o estreante Bruno Mineiro, que só entrou na partida devido ao desfalque de última hora de Diego Viana, só teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede.

Após o gol, a Lusa se retraiu e o Figueira cresceu um pouco no jogo. O resultado disso foi uma presença mais constante e perigosa no ataque. Aloísio, que entrou no lugar de Pittoni, quase marcou. O atacante recebeu dentro da área aos 19 minutos e tentou forte chute, mas Dida conseguiu salvar a Lusa. O problema é que Loco Abreu, que tem como característica ficar mais isolado no ataque, voltou muito para buscar o jogo e dificultou a criação das jogadas para o time de Santa Catarina.

A recuperação foi por água abaixo quando o time da casa ficou com um jogador a menos. Guilherme Santos chegou atrasado em divida com Ananias, acertou o atleta da Portuguesa e recebeu o cartão vermelho.

Com vantagem no placar e um jogador a mais em campo, a Lusa passou a trabalhar a bola e minou as chances de ataque do Figueirense. Sem levar sustos, teve chances de ampliar, com Marcelo Cordeiro e Ananias. Foi do atacante, aliás, o golpe final da equipe rubro-verde. Aos 40 minutos, Moisés puxou contra-ataque pela direita e achou Ananias livre. O jogador fintou Doriva e bateu forte, rasteiro, sem chance para Ricardo.

Festa lusitana com os três pontos, que fazem o time respirar aliviado na classificação. Pelos lados do Figueirense, desespero e mais uma rodada - a terceira consecutiva - segurando a lanterna do Campeonato Brasileiro.