Carrasco paulista faz mais uma vítima, e Dragão vence o Verdão

19-08-2012 20:42

 

No Serra Dourada, Atlético-GO bate o Palmeiras por 2 a 1 e não dá chance para rival se distanciar da zona de rebaixamento do Brasileirão

 

O Atlético-GO mostrou que sua boa fase contra os paulistas continua muito viva no Campeonato Brasileiro. Depois de vencer o São Paulo, e empatar com Corinthians, Ponte Preta e Santos, o Dragão bateu o Palmeiras por 2 a 1 neste domingo, no Serra Dourada, e, além de ganhar uma posição na tabela de classificação - agora é o 18º com 15 pontos, impossibilitou que os paulistas se distanciassem da zona de rebaixamento - o Verdão se manteve na 16ª posição, com 16.

Os donos da casa começaram a partida tentando se aproveitar dos desfalques do Palmeiras, que foi para o jogo sem nove jogadores. A tática deu certo e Eron, nas costas do improvisado Román, abriu o marcador no primeiro tempo. A resposta alviverde veio com Hernán Barcos, sempre ele, que deixou tudo igual antes do intervalo. Porém, quando tudo parecia caminhar para um empate, o predestinado Rayllan, em seu segundo toque na bola, determinou a vitória para os goianos.

Pelo lado do Palmeiras, o tropeço na 18ª rodada do Brasileirão impossibilita ao time fechar o primeiro turno com 22 pontos - meta estipulada pela comissão técnica para se afastar da zona de rebaixamento.

Agora, as duas equipes voltam suas atenções para a Copa Sul-Americana. Na quarta-feira, o Verdão vai até o Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo. No dia seguinte, o Dragão faz duelo com o Figueirense, no Orlando Scarpelli. Pelo Brasileirão, o Verdão volta a campo no próximo sábado para fazer clássico contra o Santos, no Pacaembu, às 18h30m (horário de Brasília). No domingo, o Atlético-GO para enfrentar o Bahia, no Pituaçu, às 18h30m.

Felipe atlético-go côrrea palmeiras (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)Felipe, do Atlético-GO, disputa jogada com o palmeirense Correa (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

‘Maldição’ age, mas Barcos responde

A emoção não deu as caras no Serra Dourada nos primeiros minutos do confronto. O Palmeiras sentia os desfalques e não encontrava alternativas para superar a defesa adversária. A principal dificuldade da equipe de Felipão era manter a posse de bola e ligar a zaga ao ataque: Mazinho e Barcos, no setor ofensivo, mal participavam do jogo. As finalizações alviverdes se limitavam a tentativas sem sucesso de chutes a longa distância.

Os erros do Verdão eram refletidos nos gritos de Scolari à beira do gramado: inquieto, como de costume, o técnico ouviu a primeira bronca do árbitro Sandro Meira Ricci com pouco mais de dez minutos jogados. A equipe não se acostumou bem ao esquema com Adalberto Román adaptado no setor direito, ora como zagueiro, ora como lateral e sofreu dois sustos no jogo aéreo, devido a erros de posicionamento.

Primeiro, Ricardo Bueno subiu sozinho na área palmeirense para arrancar tinta da trave direita de Bruno. Depois, em um vacilo do estreante Correa na linha de impedimento, cinco jogadores do Atlético-GO ficaram sozinhos com o goleiro do Verdão, cara a cara. Porém, o atacante Patric não conseguiu absorver bem o cruzamento de Marcos, em cobrança de falta, tentou uma meia-bicicleta e perdeu a oportunidade de abrir o placar.

Considerado carrasco dos paulistas após vencer o São Paulo e arrancar empates fora de casa contra Santos e Corinthians, o Dragão não demorou a colocar sua sina em prática. Em belo lançamento com “cavadinha” de Dodó, Eron aproveitou nova confusão da defesa adversária e demonstrou frieza ao cortar a marcação e estufar as redes de Bruno.

Mas quando as coisas parecem ruins para o Palmeiras, um atacante argentino faz a diferença. Vem sendo assim na temporada: desde o Campeonato Paulista, passando por Sul-Americana e Brasileirão. Na primeira chegada de efeito alviverde ao campo de ataque, Hernán Barcos não desperdiçou a oportunidade: desviou com precisão o lançamento de João Vitor, igualando o placar em Goiânia.

Sem muita criatividade, o Atlético-GO diminuiu sensivelmente o ímpeto inicial. Os comandados de Jairo Araújo insistiam nas jogadas pelo lado esquerdo, com Eron, mas encontravam dificuldades para se aproximar da área do Palmeiras, que aos poucos se acostumava às características do esquema adaptado por conta dos desfalques e equilibrava a posse de bola. Mazinho ainda teve chance de virar o jogo, mas parou em boa defesa de Márcio.

valdivia palmeiras atlético-go brasileirão (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)Valdivia foi o capitão do Palmeiras contra o Atlético-GO (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Insistência e uma substituição iluminada

A monotonia do início do primeiro tempo se repetiu no começo da etapa complementar. Ambas as equipes apostavam na bola parada como principal arma, mas acumulavam erros subsequentes. O lateral Marcos concentrava praticamente todas as jogadas do Atlético-GO. A zaga palmeirense, melhor postada após o intervalo, evitava as bolas levantadas em sua área.

De volta à equipe titular do Verdão na vitória sobre o Flamengo na última quarta-feira, após recuperar-se de lesão na coxa, Valdivia deu lugar a Obina aos 13 minutos. O preparador físico Anselmo Sbragia assegurou que a substituição foi puramente para preservar o atleta. A torcida, porém, não sentiu falta do chileno: primeiro, Obina cabeceou com perigo no canto direito de Márcio. Depois, chutou colocado no canto, para mais uma boa intervenção do goleiro do Dragão.

Sem alternativas, o Atlético-GO tentava surpreender em lances isolados. Procurando buscar mais o jogo pelo meio, já que nas laterais o time não encontrava espaço, Dodó se tornou o principal nome dos donos da casa. Com a entrada de Felipe no lugar de Wesley, o Dragão tornou-se mais ofensivo, mas continuava previsível.

Paciente, a equipe goiana insistia no mesmo tipo de jogada. E deu certo somente após uma substituição em momento decisivo: aos 33 minutos, Jairo Araújo trocou Ricardo Bueno por Rayllan. Iluminado, o volante apareceu na hora certa, após cruzamento de Marcos e desvio de Patric, para marcar seu primeiro gol pelo clube e ajudar a equipe a subir uma posição na tabela de classificação, embora continue na zona de rebaixamento. Nada de mau retrospecto ou crise: o Dragão voltou a atormentar um time paulista.

Fonte: Globo Esporte

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