Botafogo carimba a faixa do Corinthians

11-07-2012 21:38

 

No reencontro do Timão com a Fiel após o título da Libertadores, Bota domina, mata o jogo nos contra-ataques e comemora entrada no G-4

 

O Botafogo visitou o Corinthians nesta quarta-feira em um jogo “festivo”. O Timão, pela primeira vez com os titulares após o título da Taça Libertadores, recebeu dos heróis de 1977 as faixas pela conquista. Era para ser uma festa, mas esqueceram de avisar os cariocas, que não tomaram conhecimento dos donos da América e carimbaram por três vezes o peito dos campeões: 3 a 1, no Pacaembu. O resultado colocou os botafoguenses na quarta colocação.

Pressionando durante grande parte do jogo, mas sabendo aproveitar os pontos fracos e a falta de concentração do Corinthians, o Botafogo matou o jogo nos contra-ataques. No primeiro tempo, Paulo André marcou contra. Na etapa complementar, Elkeson aproveitou boas jogadas de seus companheiros para marcar duas vezes. No fim, Chicão, de pênalti, fez o gol de honra dos corintianos.

Com o resultado o Timão segue na penúltima colocação na tabela, com apenas cinco pontos. Até agora, foram cinco derrotas, dois empates e apenas uma vitória. Já o Botafogo entra no G-4. São 15 pontos, sendo cinco vitórias e três derrotas. São Paulo e Internacional aparecem com a mesma pontuação, mas perdem nos critérios de desempate.

O próximo jogo do Corinthians é contra o Náutico, sábado, novamente no Pacaembu. Já o Botafogo tem um clássico pela frente: recebe o Fluminense, domingo, no Engenhão, num confronto direto entre equipes que estão no G-4 do Campeonato Brasileiro.

Romarinho na partida do Corinthians contra o Botafogo (Foto: Ernesto Rodrigues / Ag. Estado)Lucas cola em Romarinho, na partida realizada no Pacaembu (Foto: Ernesto Rodrigues / Ag. Estado)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Botafogo já começa melhor

Palco do maior título do Corinthians, na semana passada, o Pacaembu recebeu nesta quarta-feira um ótimo público (25.900 pagantes) para um jogo que tinha tudo para ser uma festa corintiana. Antes da partida, os atletas do Timão ganharam de craques do passado as faixas em homenagem à conquista da Taça Libertadores da América. Nas arquibancadas, a Fiel vibrava. Faltou combinar o resto do roteiro com o Botafogo.

Muito mais focado no Brasileirão, o time carioca entrou já fazendo pressão sobre o time da casa. Os corintianos, claro, queriam manter a pegada da Libertadores. Mas era visível que não estavam com o mesmo espírito. Coube ao Botafogo ter a frieza e a esperteza para saber explorar os vacilos do adversário, que, após quatro dias de folga, treinou na segunda e na terça, mas mostrou falta de entrosamento - o ataque, por exemplo, foi formado por Romarinho e Elton, que, até pouco tempo, não ficavam nem no banco. Tite apostou neles porque Jorge Henrique e Sheik estão machucados, Willian foi vendido para o Metalist-UCR e Liedson ainda não acertou sua renovação contratual.

O Botafogo soube como anular o meio-campo corintiano, único setor que não sofreu alterações após a conquista da Libertadores. Os cariocas pressionaram a saída de bola desde o início. Com isso, o Timão tentou um tipo de jogada que não está acostumado: os lançamentos longos.

Mesmo com o grandalhão Elton na frente, o Corinthians perdeu a maioria dos lances por cima. A defesa botafoguense prevaleceu em quase todo o primeiro tempo.

Se na defesa estava atuando de maneira quase perfeita, no ataque o Botafogo ainda chegava pouco. O time carioca não criou muitas oportunidades claras de marcar, apesar da superioridade, mas contou com a sorte para abrir o placar. Em um lance rápido de Andrezinho pela direita, aos 26, o meia cruzou por baixo. Paulo André tentou o corte, mas mandou para o próprio gol.. A velocidade do botafoguense era uma das preocupações de Tite antes do duelo.

Após sofrer o gol, o Corinthians se mandou um pouco mais para o ataque. Ralf e Paulinho adiantaram o posicionamento, e isso fez com que os botafguenses recuassem. Mesmo assim o Timão chegou poucas vezes dentro da área. E nenhuma delas para assustar o goleiro carioca.

Antes do intervalo, uma cena preocupante. Após choque com um companheiro de time, o zagueiro Antônio Carlos fraturou o nariz. Enquanto ele recebia atendimento, outro botafoguense necessitou de atendimento. Lucas Zen também trombou em um adversário e caiu no gramado, com um corte na cabeça. Com os cariocas ocupados, os médicos corintianos entraram para atender o adversário.

Enquanto os dois estavam sendo atendidos fora do gramado, o Corinthians chegou mais perto de conseguir o empate. Romarinho recebeu na frente e armou o chute, mas Jefferson conseguiu abafar. No rebote, Paulinho soltou a bomba. A bola explodiu no travessão e voltou para Élton, que empurrou para o fundo das redes. O árbitro, porém, marcou a mão do atacante do Timão.

Elkeson carimba a faixa

O Corinthians mudou para a segunda etapa. Para tentar igualar o placar, Tite pediu para os jogadores adiantarem a linha de marcação. Os zagueiros se posicionaram quase no círculo central, os volantes depois do meio de campo e os meias na intermediária.

A mudança de postura surtiu efeito durante alguns minutos. Mas o Corinthians adiantado deu o contra-ataque para o Botafogo. E foi justamente nesse tipo de jogada que os cariocas ampliaram o placar. Aos 11 minutos, Lucas fez ótima jogada pela direita e cruzou por baixo. Elkeson se antecipou ao goleiro Cássio e escorou para marcar o segundo.

Para tentar ajudar a equipe, a torcida corintiana, após o gol sofrido, começou a gritar “É campeão”, em referência ao título da Libertadores. Antes da partida e durante do intervalo, os torcedores da casa aproveitaram para provocar o adversário. O canto foi para zombar dos botafoguenses, que ainda não venceram a competição continental.

Mas o apoio das arquibancadas de nada adiantou. Em mais um contra-ataque, desta vez pela esquerda, o Botafogo marcou o terceiro. Aos 25 minutos, Elkeson recebeu passe de Andrezinho dentro da área e escorou para marcar o segundo dele.

Depois dos três gols sofridos, o Timão se perdeu em campo. Os meias recuaram e os atacantes ficaram isolados. Tentando mudar, Tite colocou Douglas e Adilson. As alterações, porém, não surtiram efeito e o melhor time da América perdeu a quinta no Brasileirão. No final, de pênalti (Fábio Santos foi segurado por Lucas dentro da área), Chicão marcou o gol de honra de um time que foi campeão da Libertadores, mas ainda não entrou no Brasileirão.

Fonte: Globo Esporte

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