Vitória marca 2 gols em 11 minutos, mas Inter busca empate em Salvador

Maxi Biancucchi e Gabriel abrem placar na Arena Fonte Nova, mas Fred e Forlán asseguram igualdade na estreia no Brasileirão

Vitória e Internacional fizeram um jogo de reversão de expectativas, neste domingo, em Salvador, na estreia de ambas equipes no Brasileirão. Se o time local empolgou ao marcar dois gols em 11 minutos, deixou o gramado da novíssima na Arena Fonte Nova com uma dúvida: como pode cair tanto de rendimento na segunda etapa a ponto de escapar da derrota? O Inter, após um início assustador, se recuperou, buscou e empate e saiu com uma certeza: se tiver mais atenção, pode ir longe na competição. Foi assim o 2 a 2 em um jogo de futebol de inúmeras alternativas.

De forma relâmpago, Maxi Biancucchi e Gabriel abriram o placar na Fonte Nova, dando ares de que os três pontos poderiam sair até com facilidade. Só que o Inter se ajustou, cresceu, igualou a partida com Diego Forlán e Fred, criando chance de virar a partida. A igualdade, no confronto do campeão baiano com o gaúcho, acabou sendo justo e os deixou com um ponto na tabela de classificação.

O Vitória, agora, desafia o Náutico, quarta-feira, nos Aflitos, em Recife. Um dia depois, é a vez de o Inter receber o Criciúma, no Centenário, em Caxias do Sul.

Dalessandro Internacional x Vitória (Foto: Felipe Oliveira / Ag. Estado)

Começo empolgante do Vitória

Foi um começo de jogo empolgante. De extrema velocidade. Com muitas chances de gols. E de inúmeros erros do Inter. Mas o futebol não é uma ciência lógica.

Basta ver que a primeira chance foi gaúcha. Com 50 segundos, Rafael Moura, em chute de fora da área, obrigou Wilson a fazer boa defesa. Não demorou, porém, para as novidades na escalação se mostrarem instáveis. Eram dois minutos e o Vitória se revelou um time ágil. Pela esquerda, Escudero e Renato Cajá tabelaram. O argentino foi à linha de fundo e cruzou: Maxi Biancucchi, outro gringo, ganhou na corrida de Kleber, na marca do pênalti, e bateu firme: 1 a 0, o primeiro gol da competição.

O lateral-esquerdo colorado não começava como titular havia seis meses, furto de lesão no tornozelo esquerdo. Caso parecido ao do goleiro reserva Agenor. Os dois foram escalados de última hora, já que Fabrício e Muriel acabaram vetados pelo departamento jurídico – Muriel fora expulso na última rodada do Brasileirão 2012 e Fabrício, diante do Santa Cruz pela Copa do Brasil. Pois o goleiro mostrou falta de ritmo ao não sair em cruzamento de Cajá e permitir que Gabriel, ao se antecipar ao lance, marcasse de cabeça o segundo do time local.

A equipe de Dunga sentiu a desvantagem. Nino Paraíba e Dinei quase ampliaram. Maxi Biancucchi infernizava pelo direito. O Inter não retinha bola. Abusava dos chutões. Foi quando uma jogada individual, aos 29, passou a equilibrar o confronto. Fred trocou passes com Rafael Moura, figura apagada até então, e, com habilidade e agilidade, driblou três defensores. Ao ter o goleiro pela frente, foi inteligente: serviu Forlán, que só completou para descontar.

Tudo mudou. D’Alessandro apareceu e passou o comandar o Inter. Forlán cresceu com o gol. Mas era Fred quem melhor atuava. Tanto que Rafael Moura quase empatou ao não alcançar cruzamento do uruguaio.

- Passamos 15 minutos olhando ao céu. Eles foram muito melhores – reclamou D’Alessandro no intervalo.

Reação do Inter no segundo tempo

Pois o segundo tempo foi um jogo de um time só. O Inter adotou a tática bem sucedida do Vitória, na etapa inicial: marcação sob pressão. Os donos da casa, sem Dinei e com Giancarlo, não conseguiram sair do campo de defesa. Resultado: desperdiçaram o resultado.

As chances, de novo, não demoraram a aparecer. D’Ale, aos dois minutos, errou chute dentro da área após rebote de Wilson. Se redimiu com um lançamento primoroso, do campo defensivo. Encontrou Fred, livre. Após ganhar na corrida de Gabriel, o meia desviou do goleiro e empatou em 2 a 2 aos 18 minutos.

O Vitória não se encontrava. Deu pinta de cansar. Renato Cajá, figura de destaque, deixou o campo para entrada de Vander. Não adiantou. Os papeis foram invertidos. Era o time baiano que não tinha retenção de bola e não conseguia atacar. Só aos 31, em tentativa de Neto Coruja, finalizou pela primeira vez.

Embora um chute perigoso de Kleber e outro de D’Alessandro, o jogo ficou na igualdade. Vitória e Inter começaram com empate o Brasileirão.

Fonte: Globo Esporte