Superior, Botafogo impõe derrota ao Santos no início da era 'pós-Neymar'

29-05-2013 21:38

Fellype Gabriel e Rafael Marques marcaram para o Alvinegro carioca. Montillo descontou para os visitantes

Absoluto na etapa inicial, o Botafogo venceu por 2 a 1 o Santos no primeiro jogo da "era pós-Neymar", em Volta Redonda. Fellype Gabriel e Rafael Marques marcaram para o Alvinegro carioca. Montillo descontou para os visitantes. 

Sem Seedorf, o Botafogo triunfou graças a uma ótima apresentação coletiva no primeiro tempo. O time foi muito participativo e solidário. Era comum ver Rafael Marques combatendo no campo de defesa. Na mesma proporção se observava Antônio Carlos no ataque, sempre aparecendo para cabecear. Rafael, aliás, foi símbolo do time. Esbanjando confiança, chegou ao sexto gol em seis jogos.

Agora principal figura do Santos, Montillo só se deu conta de sua responsabilidade na etapa final. Não fez nada no primeiro tempo, ainda mais tendo como coadjuvante o compatriota Patito Rodríguez, em nível mais baixo ainda. Quando acordou para o jogo, diminuiu o placar e só não empatou porque adiantou demais a bola em bela tabela com Willian José.

Apesar dos protestos dos botafoguenses contra a interdição do Engenhão, o Estádio Raulino de Oliveira se tornou um trunfo para o time: nos últimos oito jogos disputados lá, só vitórias. O clube não perde na Cidade do Aço desde 2006. Desde então, foram 14 jogos, com 11 vitórias e três empates.

A lealdade das equipes chamou atenção. O primeiro cartão amarelo só saiu aos 18 minutos do segundo tempo, quando Durval, com uma falta dura, impediu que Lucas invadisse a área santista. A essa altura eram apenas 14 infrações - sete para cada lado -, número baixo.

Fellype Gabriel gol Botafogo contra Santos (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)Fellype Gabriel comemora o primeiro gol do Botafogo (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rafael Marques é o retrato do Botafogo no primeiro tempo

Embora desfigurado, o Santos encurralou o Botafogo nos cinco minutos iniciais, mantendo-se sempre no campo de defesa adversário. Rafael Galhardo e Willian José levavam o Peixe para frente. Mas o ímpeto santista foi freado num gol que demonstrou a força coletiva do Bota: Marcelo Mattos foi preciso ao desarmar Arouca, Lodeiro, rapidíssimo, puxando contra-ataque no meio e aparecendo para finalizar na frente; e Fellype Gabriel, oportunista, marcando de cabeça após rebote de Rafael. Mereceu destaque também a participação de Julio Cesar, que a exemplo do uruguaio, acelerou a bela jogada com toque de calcanhar.

Após abrir o placar, o Botafogo passou a ocupar todos os espaços do campo e teve em Rafael Marques a maior representação de um time confiante, com espírito vitorioso. O atacante voltou para marcar, participou muito e chutou três vezes de fora da área. No segundo deles, mesmo com três opções de passe, chamou para si a responsabilidade, optou pelo arremate e, contando com desvio no zagueiro adversário, ampliou a vantagem botafoguense. Ofuscado por um rival muito superior, o Peixe só apareceu com o estreante Willian José. No início, aparentou sentir a falta de ritmo, mas depois evoluiu, servindo Cícero numa jogada que quase resultou em gol e finalizando com muito perigo após linda jogada individual de Rafael Galhardo.

Sósia de Neymar anima o Santos na etapa final

Satisfeito com o Botafogo, Oswaldo de Oliveira voltou com o mesmo time após o intervalo. Muricy, por sua vez, surpreendeu ao não substituir o apagadíssimo Patito Rodríguez. Resultado: os 15 minutos iniciais foram bem mornos. Quase que simultaneamente os treinadores mexeram em suas equipes. Aos 13, Fellype Gabriel, com dores na coxa, deu lugar a Vitinho. No minuto seguinte, o atacante Neilton substituiu o volante Reniê Júnior. A mudança foi praticamente instantânea: o Peixe se lançou ao ataque e logo levou muito perigo em chutes de Galhardo e Cícero, ambos de canhota. Oswaldo, observando o crescimento do adversário, sacou Andrezinho, colocando em seu lugar Renato.

O previsível aconteceu: santistas atacando e botafoguenses defendendo. O gol do Peixe era questão de tempo e ele saiu: Neilton carregou bola pela esquerda, a segurou inteligentemente, e rolou para Montillo diminuir.

Fonte: Globo Esporte

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