Ponte faz a quadra em casa, atinge 'número mágico' e complica o Inter
11-11-2012 20:52
Com gol de Roger, Macaca faz 1 a 0 no Colorado e praticamente garante permanência na elite. Colorado praticamente diz adeus ao G-4
O Estádio Moisés Lucarelli foi o grande aliado da Ponte Preta na arrancada para garantir a permanência na elite nacional. Na noite deste domingo, empurrada por 8.435 torcedores, a Macaca conquistou a quarta vitória consecutiva em casa ao fazer 1 a 0 no Internacional, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Roger voltou a ser decisivo e garantiu o triunfo ao marcar de cabeça, ainda no primeiro tempo. Festa para os paulistas, conformismo para os gaúchos.
Foi também o oitavo jogo seguido de invencibilidade no Majestoso. A última derrota da Macaca no Majestoso foi para o Bahia, por 2 a 0, em 15 de agosto, ainda na ‘era’ Gilson Kleina. De lá para cá, ainda bateu Portuguesa e Atlético-GO, Náutico, Santos, Cruzeiro e agora Inter e empatou com Figueirense e Botafogo, Vasco.
Com o resultado, aliado ao empate por 1 a 1 do Sport com o Figueirense, a Ponte reduziu a quase zero o já pequeno risco de queda. No 11º lugar, são 46 pontos, nove a mais que o Sport, o primeiro do Z-4, com três rodadas restantes. A pontuação atual da Macaca era apontada no início do torneio como suficiente para a permanência.
Somente um desastre faz a Ponte terminar atrás do Sport. Os pernambucanos têm de vencer os três jogos restantes, torcer para a Macaca perder todos e ainda tirar uma desvantagem de 12 gols no saldo. Sem contar que a Ponte ainda teria de ser ultrapassada por outros cinco times. Apenas o campo matemático impede a Macaca de comemorar o principal objetivo na temporada. De quebra, a Ponte ainda passou Santos, Náutico e Coritiba, pulou para a 11ª colocação e entrou na zona de classificação da Sul-Americana.
Ao Inter, a segunda derrota seguida – já havia perdido para o Náutico – representa que o já distante sonho da Libertadores ficou praticamente inalcançável. Em oitavo, o Colorado tem 51 pontos, oito a menos que o São Paulo, que abre o G-4.
Ponte e Inter voltam a campo no próximo domingo. A Macaca vai a Salvador enfrentar o ameaçado Bahia, enquanto que o Inter recebe o tranquilo Corinthians, no Beira-Rio. Ambas as partidas estão marcadas para as 19h30 (de Brasília).
Inter é melhor, mas Ponte sai na frente
O apoio da torcida e a necessidade de fazer o dever de casa indicavam para uma Ponte Preta intensa no começo do jogo. A Macaca até que esboçou um abafa inicial, mas foi o Inter quem controlou as ações como um todo. A primeira chance de gol, aliás, foi do Colorado.
Aos oito minutos, Damião levou para a linha de fundo, ganhou na velocidade e no corpo e rolou consciente para trás. Forlan pegou de primeira. O chute saiu fraco e parou em Edson Bastos. A torcida da Ponte levou outro susto aos 13 minutos, quando Edson Bastos foi inventar de driblar Damião na frente do gol. Por sorte, o goleiro mostrou habilidade e se saiu bem.
O camisa 1 alvinegro também precisou trabalhar com as mãos. Na sequência, Fred tabelou com Leandro Damião e arriscou. Bastos caiu no canto certo e segurou firme. O Inter era melhor, chegava com mais frequência ao ataque, porém, a Ponte foi mais eficiente.
Até então pouco acionado na partida, Roger colocou a Macaca na frente aos 26 minutos. Após cobrança rápida de escanteio, o atacante subiu mais que Juan na segunda trave e desviou de cabeça. A bola ainda tocou na trave antes de entrar. Rildo tratou de conferir e estufar as redes, mas o gol foi de Roger, o nono dele na competição.
Apesar da desvantagem, o Inter seguiu em cima. Logo na saída de bola, o Inter tentou reagir com uma bomba de Josimar. Bastos espalmou. Aos poucos, o domínio colorado passou a dar lugar ao equilíbrio. Se o Inter tentava na técnica, a Macaca igualava na vontade. De novo pelo alto, Roger testou firme, mas mandou por cima.
Antes do intervalo, Fernandão ainda foi obrigado a fazer a primeira substituição. Kleber sentiu uma lesão no joelho e deu lugar a Fabrício.
Macaca segura vantagem
A Ponte voltou do vestiário com Uendel na vaga de Nikão. A ideia de Guto Ferreira era fechar o meio e liberar Rildo para encostar mais em Roger. O Inter não mexeu, mas começou a etapa final com tudo. Logo no primeiro ataque, Forlán escapou pela esquerda e cruzou. A bola passou por Bastos, e Damião não alcançou.
Teve mais logo depois. Fabrício pegou sobra dentro da área, ajeitou e disparou de esquerda. O chute saiu perto da trave esquerda de Bastos, já batido no lance. As duas jogadas retrataram os primeiros minutos do segundo tempo: o Inter disposto a empatar, e a Ponte recuada. Da beira do campo, Guto Ferreira desaprovava a postura, pedindo para o time ‘sair de trás’.
Foi só colocar a bola no chão e trocar passes que a Ponte assustou. Em tabela com Cicinho, que devolveu de calcanhar, Renê Júnior cortou Bolívar e bateu firme. Muriel espalmou. No rebote, o goleiro precisou se levantar rapidamente para defender cabeçada de Rildo.
O cenário do segundo tempo animou Fernandão. Vislumbrando a chance de empatar, o técnico sacou o volante Josimar e colocou o atacante Cassiano, deixando o Inter com três homens de frente. A aposta deixou espaços para a Ponte, e Muriel voltou a salvar o Inter, desta vez em três oportunidades seguidas.
Na primeira, João Paulo cobrou falta com categoria, e Muriel foi buscar no canto esquerdo baixo, mas deu rebote. Wendel Santos pegou de primeira e obrigou o goleiro colorado a se esticar todo para evitar o gol. Depois, Renê Júnior pegou a sobra e jogou no meio da pequena área. Muriel se antecipou e mandou para escanteio.
Aos 23 minutos, Fernandão colocou o Inter ainda mais frente, sacando o zagueiro Juan, um pouco tonto com uma pancada na cabeça, e mandando para campo o meia Elton. Ygor foi deslocado para a zaga. O Inter entendeu o recado do seu comandante e se lançou ao ataque. Cassiano, de fora da área, e Damião, de cabeça, levaram perigo para Edson Bastos. Foram os últimos momentos de pressão do Inter. A boa fase em casa da Ponte continua.
Fonte: Globo Esporte
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