No adeus a Tite no Pacaembu, Corinthians e Inter ficam no empate

30-11-2013 22:05

Técnico se despede da torcida no estádio onde ganhou a maioria dos seus títulos. Alessandro também dá adeus à Fiel. Colorado cumpre tabela

Imagem: Futebol Interior

A partida pouco valia para Corinthians e Internacional. Sem pretensões no Campeonato Brasileiro, ambas as equipes foram coadjuvantes em um dia especial para a história do clube do Parque São Jorge. Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, técnico alvinegro desde outubro de 2010, fez sua despedida no estádio do Pacaembu, palco onde conquistou três dos cinco títulos - é o treinador mais vitorioso da história do Timão - em um empate sem gols, na noite deste sábado. A idolatria da Fiel pelo comandante tomou espaço. Jogo em si ficou em segundo plano.

– Olê, olê, olê... Tite, Tite... – entoava a torcida.

Os jogadores do Corinthians ressaltaram a necessidade de vitória para que o adeus de Tite se tornasse ainda mais digno na capital paulista. Além dele, o capitão Alessandro também fez sua última partida como jogador profissional diante da Fiel, já que se aposentará ao fim desta temporada. Porém, o que se viu foi a mesma equipe apática e pouco criativa de 2013. O time dos 17 empates em 37 jogos disputados no Campeonato Brasileiro. Dos dez 0 a 0 na competição.

Com a missão de estragar a festa de 33.201 pagantes para seus ídolos no estádio do Pacaembu, o Internacional teve boas chances de sair com os três pontos de São Paulo. Especialmente no primeiro tempo, os visitantes incomodaram o Timão e, por pouco, não abriram o placar. Porém, quando perdeu Willians, expulso, no início do segundo tempo, a equipe gaúcha fez apenas o suficiente para administrar o empate.

O Corinthians termina a temporada no próximo sábado, contra o lanterna e já rebaixado Náutico, em partida ainda sem horário determinado pela CBF, na Arena Pernambuco. Já o Internacional fecha 2013 diante da torcida colorada, no próximo domingo, às 17h (horário de Brasília), contra a Ponte Preta, no estádio Centenário, em Caxias do Sul.

Imagem: Portal Terra

Timão apático e Inter perigoso

A noite era especial para o Timão, mas a animação das arquibancadas passou longe das duas equipes na etapa inicial. Entre muitas divididas e entradas duras, prevaleceu a marcação forte. Especialmente do Internacional, que neutralizou o Corinthians. As chances alvinegras se resumiram a um chute frustrado de Romarinho e a uma falta cobrada por Renato Augusto, que ficou na barreira.

A estratégia do Colorado foi clara: se segurar o máximo possível e buscar o gol nos últimos minutos. Toda a cautela do esquema montado por Clemer se transformou em ousadia a partir dos 30. Primeiro, o goleiro Walter assustou a Fiel ao sair errado do gol e quase permitir que Índio abrisse o placar de cabeça. Depois, salvou cara a cara com Damião, em um cochilo da melhor defesa do Campeonato Brasileiro.

Defeito do Corinthians neste Brasileirão, a falta de criatividade do meio-campo voltou a dar as caras. Com Renato Augusto como referência no meio-campo e Emerson isolado, a equipe passava longe de ameaçar o Inter. Mesmo jogando por uma bola e sem a obrigação do resultado, os gaúchos chegavam mais perto de inaugurar o marcador.

– As homenagens foram feitas. A vitória é uma obrigação – sentenciou Sheik, na saída do gramado.

Empate em ritmo de festa

Tudo apontava para um jogo quente antes do intervalo. Bate-boca, reclamações com o juiz, ânimos exaltados... Na etapa complementar, foram necessários menos de 10 minutos para surgir a primeira discussão. O volante Willians, que já havia recebido o cartão amarelo no primeiro tempo, exagerou na reclamação após falta marcada sobre Emerson e acabou expulso pelo árbitro Felipe Gomes da Silva.

Com Alexandre Pato no lugar de Danilo, o Timão começou a incomodar mais. "Empurrou" o Internacional para o campo de defesa e passou a comandar as ações. Com um homem a menos, o time gaúcho apostava em passes longos para Leandro Damião, isolado no campo de ataque. Tite também sacou Renato Augusto para jogar Douglas, mas a resposta da equipe foi pouco relevante. Com fôlego, o Colorado segurava a igualdade.

A torcida corintiana não desistiu até o último minuto. Gritou, incentivou, acreditou que era possível fechar a trajetória de dois grandes ídolos do clube de maneira perfeita... Não deu. Ainda assim, o clima após o apito final era de festa. Nada estragaria o adeus ao técnico que mais vitorioso do clube. No duelo entre Timão e Colorado, venceu Adenor Leonardo Bacchi.

Fonte: Globo Esporte

Voltar

Procurar no site

F7000 © 2014 @f7000site Todos os direitos reservados