Martinuccio brilha, Cruzeiro vira sobre o Bahia e complica o Tricolor
11-11-2012 20:49
Após ter terminado o primeiro tempo atrás no placar, argentino marca duas
vezes. Willian Magrão ainda fez outro golaço: 3 a 1 e Raposa na Série A
O Cruzeiro cumpriu o objetivo que tinha para o restante da temporada. Venceu o Bahia, por 3 a 1, no estádio Independência, em Belo Horizonte, e está matematicamente livre do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. Dois gols de Martinuccio e um de Willian Magrão. Fahel marcou para o Tricolor baiano, que segue em situação complicada na tabela, ainda ameaçado pelo rebaixamento.
Com 46 pontos, o Cruzeiro é o 10º colocado. O Bahia, seis pontos abaixo, ocupa a 16ª colocação, sendo o primeiro time fora da zona de rebaixamento.
O volante Willian Magrão, que fez o terceiro e belo gol da equipe celeste, por cobertura, fala que a noite foi especial para o elenco cruzeirense.
- Nós sabemos que a torcida, quando nos apóia, é porque estamos bem. Não estávamos bem no campeonato. Futebol é assim mesmo, estamos trabalhando a cada dia. Esse é um grupo que merece muito.
Já o volante Fabinho admite que a situação do Bahia não será fácil, porém, conta que os próximos dois jogos em casa são um ponto a favor.
- Temos que continuar atentos. Temos jogos em casa, é tentar fazer os pontos.
O público pagante foi de 7.772 pessoas, e a renda foi R$ 165.885. A partida foi muito boa e movimentada, apesar da pouca técnica e organização tática dos dois times, que voltam a campo às 17h (de Brasília) do próximo domingo. O Cruzeiro vai ao Engenhão, no Rio, enfrentar o campeão Fluminense, no jogo da entrega das faixas, enquanto o Bahia recebe a Ponte Preta, no Pituaçu, em Salvador.
Pouca técnica, muita raça
Quem viu a tabela de classificação do Campeonato Brasileiro antes de a bola rolar poderia pensar que Cruzeiro e Bahia fariam um jogo chato no Independência, com times em 13º e 15º lugares, respectivamente. Não foi o que aconteceu. A partida foi muito movimentada, ainda que a vontade tenha se sobressaído à técnica.
O Cruzeiro começou melhor, com mais posse de bola e mais presença no campo do Bahia. O técnico Celso Roth montou um esquema diferente com três volantes e três homens de ataque. Leandro Guerreiro atuou improvisado como zagueiro, ao lado de Marcelo Oliveira. Fabinho e Martinuccio se movimentavam muito, trocando de posição e confundindo o sistema defensivo do Bahia.
O Tricolor Baiano, porém, se equilibrou em campo e ficou mais perigoso. Sempre comandado pelo jovem Gabriel, chegou várias vezes ameaçando Fábio. Hélder e Souza perderam chances incríveis de abrir o placar.
A pressão do Bahia foi tanta que Fahel marcou o primeiro gol da partida. Depois de cobrança de escanteio da direita, o volante recebeu dentro da área, livre de marcação, e empurrou para as redes de Fábio.
O gol do Bahia fez com que as primeiras vaias e gritos de burro para o técnico Celso Roth fossem ouvidos no estádio. O presidente Gilvan de Pinho Tavares também foi alvo de protestos. O Cruzeiro ficou mais nervoso do que já estava, e o Bahia, em vantagem, ficou mais solto em campo. Os donos da casa tentaram o ataque até o final do primeiro tempo, cruzando bolas na área e facilitando o trabalho dos zagueiros do Bahia. A vitória parcial do Tricolor foi justa.
Virada ao som de tango
O Cruzeiro voltou com a mesma formação para o segundo tempo, mesmo com o futebol ruim apresentado. O time, entretanto, apresentou mais vontade e disposição que na etapa inicial, tanto que conseguiu o empate logo aos oito minutos, com Martinuccio, depois de muito pressionar o Bahia. O lance do gol de empate da Raposa surgiu de um escanteio, assim como o do Tricolor. Fabinho cobrou, Anselmo Ramon escorou e o argentino bateu forte, sem chances para Marcelo Lomba.
O Bahia acusou o golpe. O time de Salvador ficou assustado em campo, aceitando passivamente a pressão do Cruzeiro, que cresceu após o empate. Além disso, a torcida celeste passou a jogar junto do time, incentivando a busca pelo segundo gol.
Foi Martinuccio quem fez o gol da virada. Anselmo Ramon avançou com a bola dominada e lançou o argentino na área. Martinuccio soltou a bomba, de primeira, para marcar mais um.
O jogo parecia sob controle e tranquilo para o Cruzeiro. Até que Sandro Silva fez duas faltas em dois minutos e foi expulso. Atrás no placar e ameaçadíssimo pelo rebaixamento, o Bahia não teve alternativa a não ser partir pra cima em busca do empate.
O Tricolor tentou sufocar o Cruzeiro em seu campo de defesa e quando pressionava o rival, Mancini fez besteira, tentou agredir Souza e foi expulso. Melhor para a Raposa, que ainda teve tempo de fazer o terceiro gol, com Willian Magrão, num lindo toque de cobertura sobre Marcelo Lomba.
Das arquibancadas, aplausos, o que há muito tempo não se via da torcida do Cruzeiro, que voltou para a casa satisfeita com o que viu. E, melhor ainda, com a permanência assegurada na Série A.
Fonte: Globo Esporte
Tags:
———
Voltar
Martinuccio foi o nome do jogo na vitória do Cruzeiro (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)








