Gol no fim evita derrota do Náutico para a Lusa na despedida dos Aflitos

02-06-2013 20:47

No último jogo oficial do estádio, Timbu vai buscar empate aos 48 minutos do segundo tempo. Times conquistam o primeiro ponto no Brasileirão

Na despedida dos Aflitos, não poderia, mesmo que em pequena dose, faltar emoção. O sentimento, que em alguns momentos da história chegou a ser sinônimo do estádio, esteve presente no último lance do último jogo oficial da casa do Náutico. Um gol de Marcos Vinícius, aos 48 minutos do segundo tempo, impediu um adeus com derrota. Mas a tradição dos Aflitos merecia mais que o empate por 2 a 2 com a Portuguesa, na noite deste domingo, pela terceira rodada do Brasileirão. Os times precisavam de mais.

A torcida fez a sua parte e compareceu em bom número. Em campo, o Náutico até que começou bem e saiu na frente, com Rogério, mas depois viu a Portuguesa igualar com Michel, ainda no primeiro tempo, e depois virar com Romão. O placar não deixou ninguém satisfeito. O Náutico pela necessidade de somar pontos em casa. A Lusa pelas circunstâncias. Foi o primeiro ponto das equipes na competição. Com um jogo a menos, a Portuguesa é a 18º. O Timbu segura a lanterna. Entre eles, aparece o Atlético-MG, também com uma partida a fazer.

Náutico e Portuguesa voltam a campo quarta-feira. Às 19h30 (de Brasília), a Lusa recebe o Internacional. Um pouco mais tarde, às 22h (de Brasília), o Náutico enfrenta o Flamengo, fora de casa. A equipe, aliás, começará a mandar seus jogos na Arena Pernambuco após a Copa das Confederações. A estreia oficial na nova casa – já que houve um amistoso com o Sporting – será em 7 de julho, contra a Ponte Preta.

náutico x portuguesa (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Lance da despedida dos Aflitos: empate entre Náutico e Lusa (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

Começo de um, fim de outro

A atmosfera criada pela torcida contagiou o Náutico no início. Mais na base da empolgação do que da organização, o Timbu dominou o começo do primeiro tempo até abrir o placar, com Rogério, aos 15 minutos. Depois, o cenário mudou. Foi a Lusa quem, se aproveitando do esquema ofensivo do adversário, encontrou espaços para criar e chegar ao empate com Michel. Com a etapa dividida em duas partes – uma para cada lado, o 1 a 1 ficou justo.
A movimentação constante do trio Jones Carioca, Rogério e Caio confundia a marcação da Portuguesa. Foi assim que eles encontraram espaço para Jones Carioca, aberto pela direita, cruzar para Rogério, na segunda trave, cabecear para o gol vazio. O Timbu tentou aproveitar o bom momento para ampliar, e só não o fez, pois, quando Rogério tentou retribuir a assistência, Jones Carioca furou na primeira tentativa e na sequência mandou no travessão.

O controle pernambucano diminuiu a partir do momento em que a Portuguesa percebeu que o Náutico não se defendia com a mesma intensidade que atacava. O esquema com três atacantes deixava espaços. Era só rodar a bola para encontrá-los. Correa e Luis Ricardo conseguiram colocar a teoria em prática aos 31 minutos. Após tabela pela direita, Correa ergueu na cabeça de Michel, na segunda trave, deixar tudo igual, em lance semelhante ao do gol do Náutico. Foi também pela direita que Luis Ricardo assustou Felipe em duas finalizações: uma de longe e outra dentro da área, no travessão.

A fragilidade defensiva e a impaciência da torcida com a melhora da Lusa levaram Silas a abrir mão de um atacante para colocar o volante Rodrigo Souto. Jones Carioca, que perdera ótima oportunidade, foi o escolhido para sair. A mudança, ao menos, conteve o ímpeto da Lusa até o fim do primeiro tempo.

Emoção no fim

A necessidade da vitória fez os times priorizarem o ataque no segundo tempo, mas ambos esbarravam na falta de criatividade e nos erros individuais. Apesar de o Náutico se lançar mais ao ataque, a Portuguesa, quando chegava, levava mais perigo. Luis Ricardo, em chute cruzado, novamente ameaçou Felipe.

A entrada de João Paulo no lugar de Caion pouco acrescentou ao Náutico. Do lado da Portuguesa, Edson Pimenta colocou o centroavante Romão para reforçar a presença de área. A aposta do técnico da Lusa surtiu mais efeito. Aos 36 minutos, em um lance típico de centroavante, Romão desviou cobrança de falta de Ferdinado e virou para os paulistas.

Em desvantagem e pressionado pela torcida, o Náutico foi para o tudo ou nada e pelo menos conseguiu evitar uma despedida amarga dos Aflitos. Graças à insistência Marcos Vinícius. No último lance do jogo – e também do estádio, ele brigou pela bola dentro da área e acertou o ângulo esquerdo de Gledson para empatar. Um gol que mudou a história da despedida dos Aflitos, mas não diminuiu a insatisfação da torcida com a equipe, que deixou o campo sob vaias e na lanterna da competição.

Fonte: Globo Esporte

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