Em jogo morno, Bahia e Coritiba ficam no empate em Salvador

Bahia e Coritiba entraram em campo, no estádio de Pituaçu, em momentos bem distintos. Enquanto os baianos vivem uma crise dentro e fora de campo, os paranaenses chegaram na capital baiana com a moral de ter derrotado o Atlético-MG na primeira rodada da Série A. Mas nesta quarta-feira, os dois time se igualaram: um pênalti não marcado para cada lado, um futebol abaixo das expectativas e um 0 a 0 no placar em jogo válido pela segunda rodada do Brasileiro.

Com Cristóvão Borges ainda conhecendo os jogadores, o Bahia sofreu pela falta de qualidade, principalmente no setor ofensivo. Dependeu muito de Ryder e Marquinhos, que desperdiçou a principal chance da partida.

- Temos que colocar todas as forças agora para conseguir vencer. Se demorar muito para vencer não vai dar tempo de recuperar - lamentou o goleiro Marcelo Lomba.

Do outro lado, mais organizado e consciente em campo, o Coritiba lamentou não ter seus principais jogadores em noite inspirada para conseguir passar pela defesa do Bahia em Salvador.

- Acho que não jogamos em velocidade. Mantivemos a bola no pé e ficamos tocando, tocando, tocando. Dava para ter saído com o resultado positivo - avaliou o atacante Deivid.

O empate, ao menos, garantiu o primeiro ponto do Bahia na Série A do Brasileiro – o Tricolor havia perdido para o Criciúma na primeira rodada da competição. Já o Coritiba, que ainda não foi derrotado, chegou aos quatro pontos conquistados. Na próxima rodada, o time baiano tem o Internacional, em Porto Alegre, pela frente. Já os paranaenses enfrentam o Goiás no estádio Serra Dourada.

Gol anulado, pênalti não marcado e 0 a 0 no placar

As duas equipes entraram em campo com os números favoráveis ao Coritiba. Não somente nesta temporada, mas no histórico. O Bahia não vencia o adversário paranaense desde 1985. Com a bola rolando, o Tricolor parecia não estar muito perto de quebrar o tabu de 14 jogos sem vencer o adversário desta noite.

Em situação delicada, o Bahia dependia das jogadas de Marquinhos e Ryder. A dupla armou as jogadas pelas pontas, mas sentiu falta de maior qualidade para as conclusões na pressão inicial do Tricolor. Melhor postado em campo e com mais qualidade técnica, o Coritiba mantinha a calma e atacava sempre com perigo.

Em um dos ataques, Alex cruzou para a área e Deivid cabeceou forte. Marcelo Lomba se esticou e conseguiu evitar o gol. No rebote, Geraldo mandou para as redes, mas o auxiliar flagrou impedimento do atacante. Nos minutos finais do primeiro tempo, o mesmo Geraldo entrou na área e foi derrubado por Titi. O árbitro apenas mandou o jogo seguir.

Outro pênalti não marcado e chance desperdiçada

O Bahia voltou do intervalo melhor do que se apresentou nos primeiros 45 minutos. Após a orientação de Cristóvão Borges no vestiário, o Tricolor dominou o jogo no segundo tempo. Logo no início da etapa final, uma reclamação similar à do Coritiba: Lucas Fonseca sofreu falta dentro da área e o árbitro não marcou pênalti.

Mas o maior erro do segundo tempo não foi do trio de arbitragem. Quando tudo se encaminhava para o 0 a 0 no placar, Marquinhos avançou em contra-ataque e, na frente do goleiro Vanderlei, mandou a bola longe do gol. Desperdiçou a melhor chance da partida, não conseguiu ajudar o Bahia a quebrar o tabu diante do Coritiba e manteve o empate na noite desta quarta-feira no estádio de Pituaçu.

Fonte: Globo Esporte