Em jogo fraco, Santos e Fluminense empatam na Vila Belmiro

07-06-2012 00:09

 

Peixe e Tricolor sofrem com desfalques e apresentaram futebol abaixo da média. Alvinegro segue sem vencer, e Flu soma seu quinto ponto

 

Os 4.080 torcedores de Santos e Fluminense que compareceram à Vila Belmiro na fria noite desta quarta-feira não foram recompensados pela coragem de se deslocar de casa na véspera do feriado prolongado. Desfalcados, paulistas e cariocas apresentaram um futebol abaixo da média e ficaram no 1 a 1, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

As inúmeras novidades dos dois lados evidenciaram desentrosamento das equipes. Tanto que os gols de Rentería, do Peixe, e Carlinhos, em pênalti mal marcado para os cariocas, saíram em erros infantis nas saídas de bola de ambos os times.

O Santos segue sem vencer - três empates em três jogos, dois deles na Vila. Já o Flu segue sem perder - uma vitória e dois empates -, com cinco pontos, quatro a menos que o líder Vasco (o Botafogo pode se igualar aos cruzmaltinos nesta quinta, quando recebe o Cruzeiro no Engenhão).

Santos e Fluminense têm dois jogos difíceis no domingo: o Peixe encara o São Paulo, no Morumbi, às 18h30, no primeiro clássico paulista no Brasileirão, enquanto o time carioca pega o Internacional, às 15h, no Engenhão.

Wagner na partida do Fluminense contra o Santos (Foto: Ag. Photocamera)Adriano, do Santos, na marcação a Wagner, do Fluminense  (Foto: Ag. Photocamera)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tudo igual nos erros
Os 22 desfalques somados de Santos e Fluminense tiveram efeito drástico tanto nas arquibancadas quanto no gramado da Vila Belmiro. Os corajosos torcedores que foram ao estádio do Peixe na fria noite desta quarta-feira viram um primeiro tempo fraco tecnicamente. Contraste forte com o que deve ocorrer daqui a exatamente uma semana, quando o clássico entre Santos e Corinthians começar a definir as semifinais da Libertadores.

Tanto Peixe quanto Tricolor das Laranjeiras se aproveitaram do nítido desentrosamento das equipes. Mais desligados no início, porém, os cariocas começaram sofrendo nas mãoes de um personagem um tanto quanto inesperado: Rentería.

O gol nasceu de um erro infantil na saída de bola do Flu, aos quatro minutos. Em uma troca de passes mal executada por Edinho e Anderson, o colombiano foi mais esperto, se antecipou e arrancou comepletamente livre até o goleiro Diego Cavalieri. Mostrando frieza e categoria, o atacante encobriu o camisa 12, que ainda deu um tapa na bola, em vão. Segundo gol do colombiano pelo Santos, novamente em cima do Fluminense - o primeiro havia sido marcado em outubro de 2011, na derrota por 3 a 2 para o Tricolor.

Ao contrário do que poderia se esperar, porém, foi o Fluminense que cresceu após sofrer o gol. Mais bem organizado em campo, os cariocas passaram a dominar as ações e a posse de bola (tiveram 55% contra 45% do Peixe), criando boas jogadas quase sempre com Carlinhos, lateral-esquerdo revelado no Peixe. Pelo lado de Maranhão, ele levou vantagem na maioria dos lances.

Antes de empatar, o Flu já "amadurecia" o gol. Na boa jogada envolvendo Lanzini e terminando com finalização de Marcos Junior, a bola terminou nas mãos de Aranha. Mas quando o árbitro Jailson Macedo Freitas viu pênalti na falta de Adriano em cima de Carlinhos fora da área, o goleiro pouco pôde fazer - na jogada que originou o lance polêmico, o volante do Santos perdeu a bola para o lateral, que aproveitou. Carlinhos deslocou Aranha e deixou tudo igual no placar, aos 26 minutos.

Antes do término da etapa inicial, Lanzini e Bruno ainda protagonizaram jogada de efeito pela direita, com chapéu do lateral sobre Durval, mas o lance não foi finalizado.

Jean na partida do Fluminense contra o Santos (Foto: Ag. Photocamera)Maranhão, do Santos, é perseguido por Jean, do Fluminense  (Foto: Ag. Photocamera)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Times criam, mas placar não muda
O segundo tempo na Vila começou mais movimentado para os dois lados, mas ainda sem grande inspiração técnica. Carlinhos, ovacionado pelos torcedores do Flu na saída para o intervalo, seguiu como opção mais interessante do Tricolor pela esquerda. O Peixe, por sua vez, só assustava em lampejos de futebol.

Quase sempre pela esquerda, o Flu ameaçava o Santos. O garoto Marcos Junior achou Wagner livre, o meia foi ao fundo e cruzou na medida para Jean, mas o volante deu azar de explodir sua finalização em cima de Léo.

Melhor disparado do Flu, Carlinhos quase protagonizou lance de gênio. Talvez inspirado por voltar a atuar no estádio onde foi criado, o lateral fez fila na zaga do Santos e só foi parado por Adriano, último homem. Na sobra, Jean tentou o ângulo de Aranha, mas errou o alvo. Antes, Carlinhos já havia cortado cruzamento perigoso de Maranhão, pela direita.

Aos 20, o lance mais polêmico do jogo: Marcos Junior deu um bolão para Jean, que invadiu a área e cruzou rasteiro. Aranha defendeu parcialmente, e Samuel cabeceou para o gol no rebote - o juiz, porém, marcou impedimento inexistente no lance, impedindo a virada do Fluminense.

O Santos não tinha força ofensiva. Totalmente apagado, Rentería protagonizou jogada bizarra: o colombiano tentou driblar o adversário e, involuntariamente, colocou a mão na bola. Na melhor jogada do Santos no segundo tempo, Alan Kardec recebeu bom cruzamento de Léo, girou bonito no ar e não balançou as redes no voleio por muito pouco.

Tentando melhorar o panorama da partida, Muricy Ramalho e Abel Braga promoveram três alterações cada. A mais esperada delas por parte do Santos foi a entrada de Victor Andrade, garoto de 16 anos considerado nova joia da Vila. Em pouco mais de cinco minutos em campo, porém, a promessa só conseguiu finalizar uma vez.

Empate sem inspiração e de futebol fraco na Vila Belmiro.

Fonte: Globo Esporte

 

 

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