Em jogo de gols perdidos, Lusa e Vitória só empatam no Canindé

A Lusa queria uma arrancada definitiva para fugir da zona de rebaixamento, ainda mais depois que venceu o Criciúma na quarta-feira passada, fora de casa. Com 38 pontos, a equipe de Guto Ferreira fica a cinco do Vasco, 17º colocado. O técnico sentiu a falta do artilheiro Gilberto. Por isso, a Portuguesa não teve tantas chances como de costume.

O Vitória de Ney Franco sobe para 44 pontos, a seis do Botafogo, quarto colocado. Um triunfo no Canindé deixaria os rubro-negros de vez na briga por vaga na Libertadores. Chances não faltaram, mas William Henrique e Dinei, principalmente, não estavam com os pés calibrados.

A Portuguesa volta a campo no próximo domingo, às 16h (horário de Brasília), quando enfrenta o Flamengo, em Fortaleza. No mesmo dia, mas às 18h30, o Vitória joga contra o Fluminense, no Maracanã.

Vitória na frente

União no Canindé. Momentos antes de a bola rolar, jogadores de Portuguesa e Vitória se abraçam misturados em uma roda no centro do gramado. A iniciativa é do Bom Senso FC, grupo de atletas brasileiros atrás de progressos no esporte. Melhor seria se o gesto fosse repetido em um pacto pelo futebol de qualidade, inexistente no primeiro tempo do jogo deste domingo à noite.

O falso domínio inicial da mandante Lusa pouco quis dizer nos 15 minutos iniciais. O time de Guto Ferreira tinha a bola, mas não sabia direito o que fazer com ela. Desfalcado de Diogo e Gilberto, parecia sentir falta de uma referência na frente. Bergson tentou exercer este papel, mas só assustou em uma cabeçada bem defendida por Wilson. E foi só.

Mesmo com pouca posse de bola e sem chegar ao gol de Lauro, o Vitória abriu o placar. No primeiro bom ataque, Renato Cajá teve calma e visão de jogo para achar Cáceres, que venceu Lauro com chute cruzado, no canto direito do goleiro: 1  a 0 e festa da torcida baiana com presença razoável no Canindé.

O gol deixou a Lusa atordoada, mas também não acendeu de vez o Vitória. E o primeiro tempo acabou mesmo no 1 a 0 para os baianos, com os jogadores da Portuguesa reconhecendo o futebol ruim na saída para o intervalo.

Baianos perdem chances, e Lusa empata

Com a Lusa mais avançada em busca do empate, o Vitória se resguardou e tentou aproveitar os contra-ataques. Para isso, o talismã William Henrique foi lançado por Ney Franco. Em seu primeiro lance, o cartão de visitas veio com falha: o arisco atacante, com seu moicano invocado, deixou dois defensores da Lusa no chão, mas chutou nas arquibancadas do Canindé. Inacreditável.

As chances do Vitória foram se somando, sempre na velocidade, nos espaços deixados pela Portuguesa. Lauro se tornou figura participativa, com belas defesas que impediram o pior para os rubro-verdes. No ataque, a senha era a jogada pelo lado direito, com Luis Ricardo levando vantagem em todos os lances sobre Juan.

Aos 17, foi assim: Luis encontrou Moisés na área, que tocou na saída de Wilson. O empate deixou o jogo ainda mais aberto, mas o Vitória levou mais perigo. Novas chances perdidas com William Henrique e Dinei mantiveram o 1 a 1 no placar. Ruim para a Lusa, que ainda corre risco de rebaixamento. Pior para o Vitória, que não aproveitou as chances de ficar mais perto do G-4.

Fonte: Globo Esporte