É Série A? Para 449 pagantes, Sport bate o Dragão e ganha sobrevida

21-10-2012 19:40

 

Em jogo fraco, Atlético-GO quebra recorde negativo de público pela terceira vez, Leão vence por 1 a 0, e mantém esperanças de escapar da degola

Hugo marcou o gol da vitória do Sport em Goiânia neste domingo. Foto: Carlos Costa/Futura Press

Hugo marcou o gol da vitória do Sport em Goiânia neste domingo
Foto: Carlos Costa/Futura Press

 

Atlético-GO e Sport entraram em campo em um jogo que pareceu mais uma prévia do que pode ocorrer em 2013. Ameaçados pelo rebaixamento - ao Dragão, a Série B é quase uma realidade -, as duas equipes fizeram uma partida digna de segunda divisão. A começar pelo público, de apenas 449 pagantes, o pior do Brasileirão. Poucas chances de gol, balões, e pouca técnica. Para salvar a apatia total, Hugo marcou um gol para o Leão, garantindo a vitória por 1 a 0, que mantém os pernambucanos vivos na luta para escapar do descenso.

Com o resultado, o Sport chega aos 33 pontos, retorna ao 17º posto na tabela de classificação, e na próxima rodada já pode se igualar em pontos com o Bahia, que tem 36 pontos. Entretanto, o Tricolor baiano tem ampla vantagem no saldo de gols (-5 contra -19). O Dragão segue sua caminhada a passos largos para a Segundona. Com 23 pontos, e na lanterna há 12 rodadas, o time goiano se foca agora na Copa Sul-Americana, a última chance para salvar o ano.

Os goianos voltam a campo na próxima quarta-feira, no segundo jogo das oitavas de final do torneio continental, para enfrentar o Universidad Católica, no Serra Dourada. Pelo Brasileirão, o Atlético-GO tem como próximo adversário o Botafogo, no sábado, dia 27, no Engenhão. O Sport recebe, no mesmo dia, o São Paulo, na Ilha do Retiro.

Pênalti perdido. E só

Os dez minutos iniciais sem uma finalização sequer eram um indicativo de como seria o jogo no Serra Dourada. Atlético-GO e Sport fizeram um primeiro tempo marcado por contusões e que só não foi nulo devido a um pênalti perdido. O eco dos gritos dos jogadores, técnicos e dos poucos torcedores no Serra Dourada eram mais atrativos que o futebol mostrado pelas duas equipes. O Dragão tentou ter a iniciativa ao manter mais a posse de bola e insistir nas bolas aéreas, mas sem sucesso.

O Leão não conseguia manter a bola em seus pés e, no começo do jogo, se limitou a marcar bem. Para piorar a situação dos pernambucanos, o técnico Sérgio Guedes foi obrigado a queimar duas substituições com menos de 20 minutos de bola rolando. O primeiro a se machucar foi o zagueiro Diego Ivo, que cedeu vaga a Moacir. Pouco tempo depois o volante Renan Teixeira deixaria a partida, também machucado, para que Bruno Aguiar entrasse. Para completar o festival de contusões, Carlos, do Atlético-GO, também deixou o jogo, mas aos 33 minutos.

No entanto, o primeiro tempo não foi apenas de jogadores saindo do jogo machucados. Teve futebol também. Apostando nas jogadas pelos lados do campo, principalmente pelo lado esquerdo com Ernandes e Mahatma, o Dragão protagonizou o principal lance da primeira etapa. Aos 19 minutos, Diogo Campos lançou Mahatma pela esquerda. O lateral entrou na área e foi derrubado por Gilsinho, e Péricles Bassols não hesitou e marcou o pênalti. Patric foi para a cobrança, e fez uma ótima contribuição para que o jogo seguisse como um show de horrores. O atacante baixou a cabeça e chutou forte no canto, fácil para Saulo cair e fazer a defesa, sem soltar a bola.

A defesa do jovem goleiro deu confiança para o Sport, que tentou sair mais para o jogo. Entretanto, o Leão sofria com a falta de criatividade e apostava apenas nos chutes de longa distância nos pés de Reinaldo e nas chegadas de Cicinho pela direita, que não tinham sucesso. O Dragão ainda esboçou alguns lances de lucidez com arremates de Diogo Campos e Patric, mas nada que assustasse Saulo e contribuísse para abrilhantar o primeiro tempo, que terminou com mais de 40 passes errados.

Hugo salva o Leão

Todo o marasmo da primeira etapa levou apenas três minutos para ir embora na segunda etapa. Na verdade, apenas um minuto, quando Gilsinho recebeu livre na área, fez o gol, mas teve seu gol anulado por estar impedido. Mas a frustração com o lance durou apenas dois minutos. O próprio Gilsinho reapareceu, driblou três marcadores, e abriu com Felipe Azevedo na direita. O atacante cruzou na medida para Hugo testar para as redes e marcar seu sexto gol no campeonato, alcançando a artilharia do Sport na competição.

O gol poderia mudar totalmente o panorama da partida, mas o duelo seguiu com uma bela demonstração de baixo nível técnico. Artur Neto tentou dar mais poder ao seu meio-campo ao lançar Danilinho na vaga de Luciano, mas o Dragão continuou apenas com a bola aérea em seu repertório.

O jogo era de lançamentos longos e pouca criatividade. O Sport ainda tinha dificuldades para manter a bola nos pés e só ameaçava nos contragolpes ou jogadas individuais. Em uma delas, Felipe Azevedo chegou pela direita, enfiou para Gilsinho, que seguiu a jogada com Hugo, mas o meia finalizou mal e não marcou seu segundo gol no jogo.O grande dado da partida seguia sendo o de passes errados, que com 20 minutos de segundo tempo já superava os 60.

Diante da falta de reação dos donos da casa, o Sport apenas se posicionava para administrar o resultado e apenas se armava para sair em velocidade, principalmente com Cicinho pela direita. O Atlético-GO teve o domínio da posse de bola, mas tinha pouca força em seu ataque. Muito vaiado pela torcida, Patric saiu de campo aos 34 minutos, mas a entrada de Alexandre Oliveira não melhorou o setor.

Desorganizado, os goianos chegaram ao gol de Saulo apenas com uma falta perigosa de Danilinho, mas ficou longe do empate, para alegria dos pernambucanos, que, mais uma vez, se sentiram em casa no Serra Dourada.

Fonte: Globo Esporte

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