Contra reservas da Ponte, Galo não dá chance e passeia no Independência

Com boas atuações ofensivas de Marcos Rocha e Jô, Atlético-MG faz 4 a 0 
na Macaca e sobe na tabela. Time paulista permanecesse em situação difícil

Parece mesmo que o Atlético-MG se recuperou. Depois de um período turbulento, após a conquista da Taça Libertadores, o Galo voltou a apresentar um bom futebol, bateu a Ponte Preta, por 4 a 0, no Independência, e voltou a subir na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Contra um time repleto de jogadores reservas, o time mineiro não teve problemas para construir o placar e chegou aos 38 pontos, na quinta colocação. Marcos Rocha, Jô (2) e Alecsandro fizeram os gols da partida.

Marcos Rocha e Luan comemoram um dos gols do Atlético-MG (Foto: Cristiane Mattos / Agência Estado)

Cuca não pode contar com Réver, Richarlyson, Michel, Dátolo, Guilherme e Ronaldinho Gaúcho, todos machucados, além de Neto Berola, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Mesmo assim, se impôs diante do adversário, mostrou a força do elenco e dá sinais claros de que poderia estar em melhor situação, caso não tivesse vacilado tanto no início da competição.

A Macaca não atuou com os titulares, poupados pelo técnico Jorginho, já que, na última terça-feira, o time esteve em campo e perdeu para o Náutico, por 2 a 1, em Campinas. Com um time alternativo, a Ponte não conseguiu se recuperar e segue muito mal no Brasileirão, na vice-lanterna, com apenas 22 pontos conquistados.

Antes do jogo, alguns torcedores do Atlético-MG exibiram uma faixa de apoio a R10, maior ídolo do clube, que se recupera de uma grave lesão no músculo adutor da coxa esquerda. O jogador está praticamente fora do Brasileirão e corre sério risco de não atuar no Mundial de Clubes, em dezembro, no Marrocos. Atlético-MG e Ponte Preta voltarão a campo no próximo domingo. O Galo receberá o Corinthians, no Independência, às 16h (de Brasília), enquanto a Macaca encara o Bahia, na Fonte Nova, às 18h30m.

Vitória sem problema

Nem bem o jogo começou, e Marcos Rocha, que já havia marcado na última rodada, contra o Santos, aos 6 minutos, abriu o placar, depois de chutar três vezes a gol. Na primeira, a bola parou em Luan, na segunda, Roberto defendeu parcialmente, mas, na terceira, à queima-roupa, estufou as redes.

A Ponte Preta, que atuou repleta de reservas, por conta do desgaste físico, já que jogou na terça-feira contra o Náutico, não conseguia chegar ao gol de Victor. O Galo não tomou conhecimento e logo fez o segundo, em cobrança de falta, aos 23 minutos. Sem R10, Jô soltou uma bomba, sem chances para Roberto.

Perdido por dois, perdido por mil. A Ponte resolveu ir ao ataque e até conseguiu trocar passes no campo defensivo do Galo. Mas as poucas finalizações passaram longe do gol de Victor. Adeílton foi o autor dos dois chutes mais perigosos, que passaram por cima da trave atleticana.

Goleada construída

Antes do intervalo, o técnico Jorginho pedia para que o primeiro tempo terminasse logo. Parecia confiar em uma conversa que reorganizaria o time pontepretano. E deu certo. A Macaca voltou com mais equilíbrio entre os setores e passou a incomodar mais o Galo, que demonstrou até displicência em alguns lances, por conta da facilidade do primeiro tempo.

O experiente Elias passou a ter mais espaços, o que dificultou a saída de bola do Galo. Jorginho colocou a Ponte mais ofensiva e mandou o atacante William a campo, na vaga do volante Fernando. Cuca, que via o Galo perder o meio-campo, colocou Leandro Donizete no lugar de Josué.

E foi o volante alvinegro o responsável por deixar Jô em excelente condição de marcar o terceiro, aos 26 minutos. E o atacante da seleção brasileira não perdoou e soltou uma pancada de perna esquerda. Balde de água fria nas pretensões da Macaca.

E ainda teve tempo de Alecsandro deixar o seu, assim como fez diante do Santos, no último domingo, aos 38 minutos. Luan foi lançado pela direita e rolou para o atacante, apenas para empurrar para as redes e fechar a goleada.

Fonte: Globo Esporte