Com dois expulsos, Grêmio não suporta o Criciúma e sua torcida: 2 a 1

20-07-2013 20:53

Torcedores no Heriberto Hülse vibram com gols de Wellington Paulista e Matheus Ferraz e Tigre decreta primeira derrota de Renato Gaúcho

Pressão, do time e das arquibancadas. A valentia do Grêmio foi grande, mas não daria para conter o Criciúma somente com este atributo. O time gaúcho saiu atrás quando tinha um a menos, mas conseguiu o empate. Depois, com dois jogadores fora por expulsão, não teve como segurar os donos da casa, embalados pela maioria das 12.719 vozes no estádio Heriberto Hülse na noite deste sábado. Matheus Biteco e Vargas desfalcaram os gremistas com a bola rolando. O Tigre aproveitou. Levou calor aos fieis e barulhentos seguidos com a vitória por 2 a 1.

Espantando o frio, a partida começou quente, com chances para os dois lados. Mas o Grêmio gelou por dois momentos da etapa inicial. Primeiro com a expulsão de Matheus Biteco. Pouco depois com o gol de Wellington Paulista. Mesmo com um a menos, seguiu a aproveitar as falhas do time da casa, assim minimizou o prejuízo com o tento de igualdade de Zé Roberto. Porém, os gremistas passaram mais trabalho no segundo tempo, com o segundo cartão vermelho, para Vargas. Só deu Criciúma até o final. O gol era questão de tempo. De tanto pressionar, aos 29, Matheus Ferraz fez a bola ir dentro do gol e decretar a primeira derrota de Renato Gaúcho e frear as pretensões de colocar seu time no G-4.

Na nona rodada do Campeonato Brasileiro, o Criciúma vai ao Rio de Janeiro. No sábado encara o Vasco, às 18h30m, em São Januário. O Grêmio volta para casa. Na Arena e no domingo, às 16h, encara o Fluminense.

lance de jogo entre grêmio e Criciúma Série A (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)Werley e Leandro Brasília disputam bola no Heriberto Hülse (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)

Fogo contra fogo
Quem primeiro demonstrou querer espantar o frio e a chuva no Sul de Santa Catarina foi o time da casa. Fazia o que podia para estar no campo de ataque e vazar a meta de Dida. O fez pela primeira vez ainda com sete minutos, mas não valeu. Na troca de passes dentro da área, Wellington Paulista ajeitou para Leandro Brasília vir de trás chutar no canto esquerdo. O goleiro gremista catou e soltou. Elton pegou a sobra e mandou pro gol e balançou. Porém, o auxiliar Luiz Henrique Souza Santos Renesto estava com o instrumento de trabalho levantado.

A resposta gremista ocorreu quatro minutos depois. Vargas penetrou a área o Bruno saiu no pé do atacante. Na sobra, Matheus Biteco tentou acertar o gol vazio. Mas não estava livre. Fábio Ferreira apareceu na frente da linha para tirar. O Grêmio também esquentou. Chegou a levar perigo em deslizes da defesa do Criciúma. Aos 19, os 1.700 torcedores no lado da torcida do Grêmio chegaram a ser ouvidos no Heriberto Hülse. É que o fogo do Tigre baixou. Mas se ergueria a partir da mudança profunda na defensiva do outro tricolor.

Primeiro, porque Werley teve que dar lugar a Cris por contusão. Segundo, pela destempero de Matheus Biteco. Não satisfeito com a falta assinalada sobre ele, de autoria de Leandro Brasília, o volante revidou com um soco. O fez aos olhos de Felipe Gomes da Silva. O árbitro da partida foi direto: puxou o cartão vermelho. O gremista foi para o chuveiro tomar um banho quente. Do vestiário deve ter sentido o estádio estremecer, provavelmente com a ducha ainda desligada. Aos 25, na jogada rápida, Marlon fez o cruzamento da esquerda ir na medida para Wellington Paulista. De cabeça e antes de Cris, mandou a bola na rede e colocou o Carvoeiro na frente. O tricolor de azul nas vestes sentiu.

O Grêmio passou a se defender e esperar a chance de ser cirúrgico. Quando Elton e Leandro Brasília trocaram passes com displicência, Zé Roberto puniu a falha gritante. Ramiro tomou e deu o toque para o jogador de 39 anos ir até a meia lua para ficar cara a cara com Bruno. Cutucou e torceu. A bola foi vagarosamente no poste direito do goleiro antes de passar pela última linha, por dentro do gol. Os gremistas estavam vivos, recobraram a temperatura. Fez o Tigre e sua torcida gelarem.

Pressão que dá certo
Sabedora de que precisa carregar o time no grito, a torcida da casa começou o primeiro tempo sendo mais atuante que o Criciúma em campo. Mas a partir dos primeiros movimentos, nenhum grito foi tão alto quanto o dos oito minutos da etapa. É porque Vargas deu um chute em Amaral após uma falta e foi delatada pelo Bruno Boschilia. O Grêmio perdia o segundo homem na partida por conta de expulsão. Com dois a mais, o Tigre buscou aumentar a potência das investidas. Vadão sacou o volante Elton e botou o meia Daniel Carvalho no jogo.

Com fogo renovado, fez o técnico Renato Gaúcho suar frio aos 16. Em jogada colorada, Daniel Carvalho colocou na frente para o Cassiano, no Tigre por empréstimo do Inter. O atacante tocou na saída de Dia e o zagueiro Bressan surgiu para trancar o grito de gol da maioria no Heriberto Hülse. Não entrou, mas simbolizou a tomada do campo de defesa gremista.

Com três zagueiros, com a entrada de Gabriel na vaga de Elano, o treinador do time gaúcho tentou compartilhar o esforço de sua defesa para conter o Tigre. No outro banco, Vadão fazia o inverso, tirava volante e mandava atacante para o jogo. Fabinho passou a compor o tridente ofensivo com Cassiano e Wellington Paulista. Fazer a bola entrar parecia questão de tempo.

Aos 29, não seria mais. Depois de tentativa em escanteio, Daniel Carvalho colocou na ponta direita para Sueliton cruzar rasteiro e Matheus Ferraz chegou com o pé cheio. Quando despachou, eram as redes de Dida que estariam cheias. A pressão exercida pela torcida deu certo. O Criciúma estava novamente a frente.

Valente, o Grêmio saiu de trás. Foi ganhando força com tentativas de bola parada. Inverteria o domínio gradativamente, mesmo com dois a menos. Aos 44, Kleber recebeu passe de Zé Roberto e faz o goleiro Bruno salvar o empate rival e levar alívio e felicidade a mais dos mais de 12 mil torcedores no Heriberto Hülse.

Fonte: Globo Esporte

 

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