Com Biancucchi inspirado, Vitória vence o Atlético-PR e volta ao G-4

09-06-2013 20:36

Atacante argentino marca um gol e dá assistência para outro no triunfo do time baiano. Gramado foi um dos protagonistas em Feira de Santana

O argentino Maxi Baincucchi detesta ser comparado ao primo Lionel Messi. Geralmente, quando algum repórter desavisado fala no parentesco com o melhor jogador do mundo, o atacante faz cara feia, dá uma resposta seca e sai pisando duro. Neste domingo, no entanto, Biancucchi mostrou que o bom futebol deve sim ser uma característica de família. Com um gol e uma assistência, o baixinho comandou o Vitória no triunfo por 3 a 2 sobre o Atlético-PR, no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana. Mesmo que a contragosto, Biancucchi viveu um dia de Messi.

Com o Barradão transformado em centro de treinamento de seleções para a Copa das Confederações, o duelo entre os dois rubro-negros precisou ser realizado no interior da Bahia. O estádio escolhido foi o Joia da Princesa, que se transformou em um dos protagonistas do confronto. O gramado irregular e a grande quantidade de buracos prejudicou bastante o andamento da partida e aumentou consideravelmente a estatística de passes errados das duas equipes. Para superar as adversidades do campo, os times apostaram nos chutões, mas só encontraram os gols quando decidiram colocar a bola no chão. O Vitória atacava principalmente com a velocidade de Biancucchi. Já o Atlético-PR chegava com perigo em jogadas criadas por Pedro Botelho.

Com o triunfo, o Vitória chega aos 10 pontos e encerra as cinco primeiras rodadas no G-4, objetivo que o técnico Caio Junior havia traçado como necessário para ter tranquilidade no mês em que o Brasileirão será paralisado para a realização da Copa das Confederações. O Atlético-PR, por sua vez, estaciona nos cinco pontos e fica na parte de baixo da tabela de classificação, sinal de que haverá muita cobrança para o Furacão até a retomada da Série A, em julho.

Michel e Felipe, Vitória e Atlético-PR (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)Vitória bateu o Atlético-PR em Feira de Santana (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)

Campo ruim e golaço

Donos de ataques bastante produtivos, Vitória e Atlético-PR prometiam um duelo recheado de grandes emoções no Joia da Princesa. O gramado do estádio, no entanto, se mostrou um marcador implacável no início da partida. A bola ganhava vida toda vez que tocava no campo e tornava a construção de jogadas um desafio descomunal. A precisão nos passes e o domínio também viraram tarefas impossíveis em Feira de Santana, o que transformou os primeiros minutos da partida em um teste de paciência para o torcedor.

Com o campo muito irregular, as duas equipes apostaram nas ligações diretas, chutões que não levavam qualquer perigo ao gol adversário. O relógio já marcava a metade do primeiro tempo quando Maxi Biancucchi resolveu colocar a bola no chão e foi recompensado. O atacante argentino avançou pelo meio e passou com açúcar para Caceres, que pegou de primeira e colocou a bola no canto direito, sem chances de defesa para Weverton. A alegria do Vitória, contudo, não durou muito. Logo após o gol baiano, o Atlético-PR chegou ao empate com Ederson, que aproveitou cruzamento de Pedro Botelho e a confusão na área para balançar as redes de Wilson.

O caminho para o gol definitivamente estava no chão, e Biancucchi tratou de mostrar que conhecia todos os atalhos para chegar às redes adversárias. Poucos minutos após o Atlético-PR empatar a partida, o argentino recebeu lançamento na esquerda, aplicou um lindo drible em Pedro Botelho, ignorou os buracos do campo e marcou um golaço. Sempre perigoso, Ederson não igualou o placar por muito pouco quando o primeiro tempo já se encaminhava para o final. Em mais uma jogada pela direita da defesa do Vitória, o atacante aproveitou cruzamento e cabeceou na trave do goleiro Wilson.

Estreia e muita emoção

À exemplo do início da partida, o segundo tempo começou morno e Feira de Santana. Apesar de passados 45 minutos, os jogadores do dois times davam mostras de que ainda não haviam se adaptado ao gramado. Para corrigir esse problema, o técnico Caio Junior resolveu mexer no Vitória. Chamou do banco o estreante Rômulo, acostumado a jogar no Joia da Princesa com seu ex-clube, o Bahia de Feira. O jovem atacante substituiu Giancarlo, que deixou o campo vaiado pela torcida.

A esperança do Vitória era a de que Rômulo pudesse mostrar intimidade com a velha casa e marcasse o terceiro gol para 'matar' de vez a partida. Entretanto, foi o Atlético-PR que por pouco não chegou ao empate. Paulo Baier cobrou escanteio pela esquerda e Luiz Alberto cabeceou com força para linda defesa de Wilson. O lance era apenas um aviso do que estava por vir. Aos 34 minutos, Paulo Baier cobrou falta na área, a bola passou por toda a defesa do Vitória e sobrou para Luiz Alberto, que mais uma vez livre de marcação cabeceou em direção ao gol, dessa vez sem errar o alvo.

O empate deixou a partida dramática. Cansado, Biancucchi deixou o campo de jogo. Caio Junior já havia gasto as três substituições quando Caceres e Willie caíram no gramado reclamando de dores. Como não havia mais como mexer no time, os dois permaneceram em campo na base do sacrifício. Pelas circunstâncias, o empate já parecia ser um grande resultado, mas Escudero mostrou que o time baiano podia mais. No final do jogo, o argentino dominou na área, caiu, se levantou e bateu firme para deixar o Vitória mais uma vez em vantagem. Luiz Alberto, novamente de cabeça, ainda teve a chance de deixar tudo igual, mas colocou a bola na trave, para alegria dos mais de quatro mil torcedores baianos que acompanharam o duelo nas arquibancadas.

Fonte: Globo Esporte

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